O tribunal do júri condenou Ana Paula Marim Bitencourt a 19 anos de prisão na tarde da quinta-feira, 11. Ela era acusada de matar a irmã, Aparecida de Fátima Marim Bitencourt, em 2 de agosto de 2017. O julgamento ocorreu no Fórum de Bento Gonçalves.
O júri foi composto por três homens e quatro mulheres. O promotor Eduardo Só dos Santos Lumertz atuou pelo Ministério Público, enquanto a defesa foi conduzida por Rafael Carrard, da Defensoria Pública. Ana Paula foi julgada por homicídio qualificado e condenada a 19 anos de reclusão. A sentença foi baseada no artigo 121, § 2º, inc. III, do Código Penal (homicídio qualificado por uso de meio cruel e asfixia), combinado com o artigo 61, inc. II, alíneas E (contra irmão) e F (prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade) e atenuado pelo artigo 65, inc. III, alínea D (confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime). A juíza da Vara de Execução Criminal de Bento Gonçalves, Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, proferiu a sentença após mais de seis horas de julgamento.
Como foi o crime
Ana Paula Bitencourt matou a irmã Aparecida de Fátima Marin Bittencourt, à época com 44 anos, na madrugada do dia 2 de agosto de 2017, primeiro a asfixiando e, em seguida, desferindo vários golpes de faca contra o peito dela. A vítima teve hemorragia em razão dos ferimentos e morreu logo em seguida.
No dia 11 de agosto, Ana Paula se apresentou sozinha e espontaneamente à Polícia Civil. "No depoimento, ela disse que as duas discutiram e que ela empurrou a Aparecida, que caiu no chão e bateu com a cabeça", informou o delegado Álvaro Becker, responsável pela investigação, à época. "Depois ela a atacou com uma faca", acrescentou.
Na época, ela foi liberada, porém, depois disso, não foi encontrada em nenhum dos endereços que havia deixado para o delegado. No dia 25 de agosto de 2017, Ana Paula retornou à 2ª Delegacia de Polícia, alegando que queria mudar seu depoimento. Foi então que recebeu voz de prisão, pois estava com sua preventiva decretada pela justiça. A acusada permaneceu presa no Presídio Regional de Torres e, durante todo o andamento do processo, negou a autoria do crime.
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