Uma jovem, de 15 anos, morreu e outras duas ficaram feridas após um adolescente, de 16 anos, ser suspeito de ter entrado com uma arma de fogo em uma escola do bairro de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, e disparado contra os alunos na manhã desta segunda-feira, 23.
Todas as vítimas baleadas são mulheres, sendo que uma delas foi atingida na cabeça e não resistiu aos ferimentos, falecendo ainda no local e as outras foram feridas, uma no tórax e a outra na clavícula. Elas foram encaminhadas ao pronto-socorro de Sapopemba, mas não correm risco de vida. Uma quarta vítima se feriu durante a fuga após o ataque, segundo informações do Governo de São Paulo, mas ainda não há mais detalhes.
O adolescente, suspeito pelo crime, foi detido pela polícia usando o uniforme da escola e estudava no primeiro ano do ensino médio. A arma utilizada no crime foi apreendida, sendo ela pertencente ao pai do jovem. Segundo apurou a reportagem do UOL, a arma estava legalizada.
Além disso, o apontado como sendo o atirador já havia feito registro de ocorrência no dia 24 de abril deste ano, alegando ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos.
O que diz o Governo de SP
Por meio de nota, o Governo de SP disse que "a prioridade nesse momento é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares". "O Governo de SP lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas", diz o texto.
Além disso, destaca que mais informações sobre o estado de saúde das vítimas e sobre as investigações "serão divulgadas em breve".
Ataques contra escolas
Esse é o 11º ataque em escolas do Brasil em 2023. Pelo menos cinco deles deixaram pessoas mortas.
Na capital paulista, a professora de uma escola estadual foi morta por um estudante de 13 anos no bairro da Vila Sônia, zona oeste da capital. Em Poços de Caldas (MG), um ex-aluno matou um adolescente a facadas. Em Blumenau (SC), o ataque com uma machadinha ocorreu em uma creche e matou quatro crianças entre 5 e 7 anos. Já em Cambé (PR), dois adolescentes morreram.
Em abril, o governo federal anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para combater os ataques em escolas. A ideia é que o dinheiro seja revertido em projetos de incentivo à paz nas escolas, de desenvolvimento psicológico, além da infraestrutura.