Depois de anunciar que não irá acabar com a placa Mercosul, o governo federal agora divulga algumas mudanças que fará no dispositivo para aumentar a segurança, evitar a clonagem e facilitar a identificação. Segundo o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), as alterações ainda estão passando por ajustes técnicos e devem entrar em vigor até o fim do ano. Com isso, o prazo para a implantação do novo modelo em todo o país, que era 30 de junho, foi adiado.
Entre as novidades estão a eliminação de alguns elementos gráficos e melhorias no código bidimensional QR Code, que pode ser ativado por telefones celulares equipados com câmera e outros equipamentos. O código trará informações mais precisas, a exemplo do local de produção da placa, o estado onde ela foi encaminhada, o veículo emplacado, entre outras informações.
De acordo com o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Jerry Dias, o objetivo é garantir mais segurança na identificação do veículo, com todo o processo produtivo passando por um rígido controle. “O mais importante é que a nova placa possibilita um controle de todo o processo de emplacamento o que minimizará o risco de clonagem de placas. Com isso será possível saber onde a placa foi produzida, qual empresa fez, para onde foi encaminhada e em qual veículo ela está”, afirmou.
Segundo Dias, as mudanças visam dificultar a clonagem de placas e facilitar a fiscalização. O diretor explicou que a nova placa não tem condição de ser feita em qualquer lugar, e caso alguém tente fraudar será descoberto numa fiscalização de trânsito, uma vez que não há como reproduzir o mesmo código. "Uma placa que não foi utilizada ou for furtada, poderá ser cancelada antes que venha a ser usada em algum veículo. O controle é nacional”, revelou Dias.
Placa Mercosul só em veículos novos
Pela proposta do governo, a placa Mercosul só será adotada em veículos zero km, no primeiro licenciamento. Ou então em casos extraordinários, como furto, roubo ou dano.
Desta forma, não será obrigatória a mudança da placa na transferência de proprietário ou de município/ estado, nem na troca de categoria do veículo, como regulamenta a resolução 729/18 do Contran nos estados em que o sistema já está em vigor.
Segundo o Denatran os veículos que já estão equipados com o novo padrão - mais de 2 milhões atualmente - poderão permanecer com o modelo, sem que haja qualquer restrição de uso. “Ninguém vai ser obrigado a trocar de placa. Os carros que estão com as placas antigas, permanecem. Os carros novos é que terão a placa nova. Não vai ter ônus adicional”, informou Dias.
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