As obras de infraestrutura de esgoto no Lago Fasolo finalmente vão sair do papel. Após 60 anos de reivindicação da comunidade de Bento Gonçalves por melhorias no local, o poder público assinou o início das obras, que vão começar daqui aproximadamente 30 dias, com um prazo de cinco meses para a sua conclusão. A execução será feita pela empresa Bripaza.
No local será construído uma rede coletora, uma elevatória de esgoto bruto, uma linha de recalque e estação de tratamento de esgoto do Lago Fasolo. Desta forma, a expectativa é que seja solucionado o problema de poluição no local, uma vez que, diariamente, canos despejam esgoto diretamente no Lago Fasolo, ocasionando a mortandade de peixes, proliferação de doenças, entre outras consequências ambientais.
Conforme o presidente da empresa Bripaza, Gabriel Schuvartz, a obra vai garantir uma significativa durabilidade. "Pensamos num projeto para uma durabilidade de longuíssimo prazo. Um detalhe é que esta rede inteira será feita com PAD, e não com PVC, garantindo a ela eterno soldado, é algo que vai resistir a deformações de solo que nós vamos ter aqui nesse local", pondera.
A obra vai iniciar com o aterro de quatro metros de largura por toda a periferia do lago para fazer o assentamento da tubulação. "Isso vai garantir que consigamos coletar toda essa bacia e toda a contribuição externa para o Lago Fasolo vai ser retirada nessa nova rede. Um pedido da RGE e Corsan é que procuremos além do que já está mapeado de contribuições e tudo que encontrarmos vamos conduzir para o tratamento. A ideia é evitar 100% de contribuições de esgoto doméstico para o lago", afirma Gabriel.
O custo inicial projetado foi de R$ 1.676.237,89. No entanto, houve aumento no valor que será investido por conta das tubulações que serão utilizadas, que devem resolver o problema de captação do esgoto pelos próximos 50 anos. Esse custo extra será exclusivamente pago pela própria Corsan.
Com a obra, além de despoluir o Lago Fasolo, a intenção é de tornar o local um parque para lazer da comunidade bento-gonçalvense. "Queremos fazer o desassoreamento, como também temos pedidos de revitalização, de transferência para a iniciativa privada para ser um grande parque de uso da população, temos pedidos da UCS, da Bento +20 para fazer projetos com alunos da arquitetura da Universidade, temos uma série de pedidos", comenta o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira.