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Praça CEU, no bairro Ouro Verde, recebe peça teatral "A CASA"

A apresentação busca pensar o significado e a importância de uma casa, entender a quem o direito de moradia se estende e perceber como questões de gênero se atravessam na propriedade privada.

13/09/2023 às 11h30 Atualizada em 13/09/2023 às 14h42
Por: Renata Oliveira
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A peça conta com direção de Nina Picoli, atuação de Janaína Kremer e produção de Lau Graef. A dramaturgia foi criada pela escritora Angélica Freitas, em parceria com a diretora e a atriz. Crédito: Divulgação
A peça conta com direção de Nina Picoli, atuação de Janaína Kremer e produção de Lau Graef. A dramaturgia foi criada pela escritora Angélica Freitas, em parceria com a diretora e a atriz. Crédito: Divulgação

A Praça Céu, do bairro Ouro Verde em Bento Gonçalves, receberá na próxima sexta, 22, a peça teatral "A CASA" que busca pensar o significado e a importância de uma casa, entender a quem o direito de moradia se estende e perceber como questões de gênero se atravessam na propriedade privada. A atração inicia às 14h30min, aberta ao público. 

A peça "A CASA", que também é o nome do projeto que levará a apresentação para mais cinco locais do Rio Grande do Sul onde o debate sobre questões de moradia seja focoé um monólogo idealizado por Nina Picoli e Janaína Kremer, que ao estruturarem o projeto optaram por pesquisar a casa enquanto um espaço complexo– onde privilégios, violências e histórias circulam em torno de uma estrutura imóvel. O ato busca pensar o significado e a importância de uma casa, entender a quem o direito de moradia se estende e perceber como questões de gênero se atravessam na propriedade privada. Além disso, propõe pensar e imaginar outras moradias possíveis.

Segundo pesquisas realizadas em 2021, o Brasil tem um déficit habitacional de 6 milhões de moradias e cerca de 25 milhões de residências inadequadas. Em junho de 2023, pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a cada 100 domicílios particulares no Brasil, 13 estão vagos. Ao todo, o IBGE contou 11,4 milhões de casas e apartamentos vazios no país. Em comparação ao censo anterior, a proporção aumentou: em 2010 eram 9 a cada 100. 

Com isso, o projeto procura abrir janelas de diálogo acerca do assunto com momentos onde a equipe- composta majoritariamente por mulheres cis e pessoas dissidentes de gênero- conversa a respeito do conteúdo da peça com o público, que compartilha suas vivências.

A peça conta com direção de Nina Picoli, atuação de Janaína Kremer e produção de Lau Graef. A dramaturgia foi criada pela escritora Angélica Freitas, em parceria com a diretora e a atriz. A trilha original foi composta por Isabel Nogueira e Ber Kroeff. Operação de luz por Iassanã Martins e Vigo Cigolini. E, em parceria com a cineasta Mirela Kruel, será criado um registro audiovisual da peça.

Entre a programação está prevista uma apresentação aberta ao público no dia 17 de setembro na Ocupação Mulheres Mirabal, em Porto Alegre, e no dia 22 de setembro, na Praça CEU- Bento Gonçalves às 14h30min.

Sinopse

Uma mulher, uma casa, uma mulher em um espaço que talvez seja uma casa, uma mulher sozinha nas casas que ela pode inventar para si, uma casa e uma mulher dentro, quem está dentro de quem? Que espaço delimita a solidão? Quem se move? Quem é movido? O que é imóvel?

Tempo aproximado: 50 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

CONHEÇA MAIS SOBRE AS PESSOAS IDEALIZADORAS DO PROJETO: 

Nina Picoli

Atriz, diretora, produtora cultural e professora de Teatro. Mestra em Artes Cênicas pela UFRGS. Integrante do Coletivo Errática- POA/RS desde 2014. Desenvolve pesquisa continuada sobre a máscara da bufona desde 2015. Janaína Kremer Atriz desde 1998, com diversos trabalhos no teatro e audiovisual brasileiros. É professora de teatro, mestra em Educação pela Ufrgs. Também é mãe, filha e dona de casa.

Lau Graef

Graduando em Artes Visuais na UERGS Montenegro, pesquisa questões que permeiam gênero e imagem. Desenvolve diversas funções no audiovisual, tendo atuado como co-diretor e co-produtor de “Intransitivo: um documentário sobre narrativas trans” (2021); como diretor, roteirista e produtor de “memória_04” (2022); como co-roteira e co-diretor do documentário “3ª do H” (2016); como produtor e assistente de direção de “217” (em desenvolvimento), entre outros. Além disso, é editor/montador de vídeos na TV Cultura do Vale.

O projeto "A CASA" foi aprovado pelo Edital Sedac nº 16/2021 FAC das Artes de Espetáculo, executado pelo Pró-cultura RS com o apoio do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen) e do Instituto Estadual de Música (IEM). 

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