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Decisão histórica reconhece o primeiro trisal do Rio Grande do Sul

Um homem de 45 anos e duas mulheres de 51 e 32 anos comprovaram sua união estável poliafetiva de 10 anos na justiça e esperam o primeiro bebê da relação. O que você acha dessa decisão?

03/09/2023 às 10h00 Atualizada em 04/09/2023 às 13h08
Por: Marcelo Dargelio
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Denis, Keterlin e Letícia esperam o seu primeiro bebê, que deve nascer em outubro - Foto: Arquivo Pessoal
Denis, Keterlin e Letícia esperam o seu primeiro bebê, que deve nascer em outubro - Foto: Arquivo Pessoal

Os bancários Denis Ordovás, 45 anos, e Letícia Ordovás, de 51, mantêm um relacionamento há dez anos com Keterlin Kaefer, 32 anos. Numa decisão histórica, a 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, reconheceu a união estável poliafetiva entre eles. O trisal celebrou a decisão judicial que oficializou a relação depois de uma década.

Denis e Letícia são casados desde 2006, e Keterlin está grávida de uma criança que se chamará Yan. O nascimento do bebê está previsto para 13 de outubro. A criança terá direito ao registro multiparental, ou seja, vai poder ter os nomes dos três. “Sempre teve nos nossos planos ter filhos e quando aconteceu decidimos buscar a Justiça. Ficamos extremamente felizes com a decisão, afinal, são dez anos. Muitos dos relacionamentos ‘normais’ nem chegam a tanto”, compara Letícia.

Em um primeiro momento, eles tentaram o registro em cartório sem a judicialização, mas o pedido foi recusado pelo tabelionato. O homem e a mulher que já estavam casados precisaram se divorciar para fazer esse pedido. Agora, com a decisão judicial, os cartórios devem ser obrigados a aceitar o registro. “Nunca escondemos de ninguém a nossa relação, e a grande maioria das pessoas reage muito bem. Alguns demoram um pouco mais pra processar as informações, mas nunca sofremos nenhum tipo de preconceito”, relata Letícia.

Na decisão, o juiz Gustavo Borsa Antonello citou que a união dos três é “revestida de publicidade, continuidade, afetividade e com o objetivo de constituir uma família e de se buscar a felicidade”. O magistrado determinou que a união poliamorosa seja reconhecida a partir de 1º de outubro de 2013. A decisão é de 1º grau e cabe recurso por parte do Ministério Público (MP).

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KarlaHá 1 ano Bento goncalves Absurdo isso!. Vergonha podre pro nosso Rio Grande do Sul!! Estão indo de contra tudo que diz na palavra de Deus! Mas cada um colhera da sua colheita. Que vergonha!!!
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