Advogada é presa como suspeita de mandar matar promotor Jair Franz

A mega investigação policial feita para encontrar os autores da tentativa de homicídio contra o promotor Jair João Franz, em Teutônia, no dia 17 de agosto, resultou na prisão de uma advogada e do autor dos disparos na manhã desta quinta-feira, 24 de agosto. Um terceiro criminoso, que já está preso, teria sido o responsável pela ordem de matar o promotor. A operação também resultou no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão.

A investigação apontou que a motivação por trás do crime estava enraizada em uma antiga desavença entre a advogada identificada como Daiana Silva Toledo e um detento chamado José Isidoro Kovalski, que possui histórico de ameaças a autoridades. O detento teria ordenado o ataque de dentro da prisão, considerando-se perseguido pelo promotor Franz. Conversas comprometedoras entre Kovalski e Daiana foram encontradas durante a investigação, indicando a trama da morte do membro do Ministério Público.

A advogada suspeita, Daiana Silva Toledo, chamou a atenção das autoridades ao buscar atendimento médico no hospital de Estrela, alegando estar com "ideias suicidas" na última terça-feira (22). Após receber alta hoje de manhã, ela foi prontamente detida pelas autoridades. As desavenças entre Daiana e o promotor Franz datam pelo menos desde 2018, sendo que a advogada chegou a compartilhar um relato nas redes sociais, alegando ter sido agredida por Franz em um evento público.

O terceiro indivíduo preso foi identificado como Éder de Souza Lucas. Ele é apontado pelas investigações como o atirador responsável pelo ataque. Lucas teria se aproximado da residência do promotor em uma motocicleta e aguardado nas proximidades, escondido em um matagal. Itens pessoais dele, incluindo a motocicleta, um capacete e roupas, foram apreendidos e submetidos a análises pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Imagens de uma câmera de monitoramento capturaram o momento do ataque, no qual Jair João Franz foi alvejado por disparos enquanto chegava em casa de carro. Das 15 balas disparadas, 11 atingiram o veículo, como confirmado pela perícia realizada no local do crime.

A ação coordenada pela Polícia Civil resultou na prisão de três suspeitos e na apreensão de evidências cruciais para o desenrolar das investigações. As autoridades continuam trabalhando para esclarecer todos os detalhes do crime e para determinar a extensão da participação de cada indivíduo envolvido. A comunidade local permanece em alerta enquanto aguarda mais informações sobre o desenvolvimento do caso.