Uma notícia triste marcou o Festival de Cinema de Gramado. A atriz Léa Garcia, de 90 anos, sofreu um infarto fulminante e morreu na manhã desta terça-feira, 15 de agosto, em Gramado. Ela seria homenageada hoje com o Troféu Oscarito, pela trajetória de sua obra.
A atriz sofreu um infarto, conforme informou o filho dela, Marcelo Garcia, que a acompanhava na viagem. Ela chegou a ser encaminhada ao Hospital Arcanjo São Miguel, mas não resistiu.
Léa chegou a participar do tapete vermelho do evento no último sábado (12). A cerimônia de entrega do Oscarito, com homenagem a ela e Laura Cardoso, estava programada para ocorrer nesta terça. Em nota, a organização do evento lamentou a morte da artista e informou que "possíveis alterações na programação do Festival de Gramado serão anunciadas em breve".
Nascida no Rio de Janeiro, Léa começou a atuar aos 19 anos, na peça Rapsódia Negra, de Abdias do Nascimento. Ao longo da carreira, a atriz participou de mais de cem produções no cinema, no teatro e na televisão, e recebeu quatro Kikitos pelos filmes As Filhas do Vento (2005), Hoje Tem Ragu (2008) e Acalanto (2012).
Léa destacou-se em novelas como Selva de Pedra (1972), Escrava Isaura (1976), Xica da Silva (1996) e O Clone (2001). No ano passado, ela atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Pacificado e O Pai da Rita.
Com longa carreira nos cinemas, Garcia fez sucesso cedo. Em 1957, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes por sua personagem em "Orfeu Negro", filme de Marcel Camus vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.
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