Meio Ambiente Sentiu o aperto
Após pressão política e comunitária, prefeitura de Bento suspende venda de terrenos
Poder público não conseguiu explicar a motivação da venda de terrenos com Área de Preservação Permanente (APP) com valores muito abaixo do preço original.
08/08/2023 09h58 Atualizada há 1 ano
Por: Marcelo Dargelio

Após uma pressão de entidades, órgãos de imprensa e políticos, a Prefeitura de Bento Gonçalves suspendeu a venda de terrenos públicos que pretendia fazer no dia 17 de agosto. A suspensão foi publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, 7 de agosto.

Uma investigação da Associação Ativista Ecológica (AAECO) e da equipe do NB Notícias que identificou uma irregularidade na forma em que um dos imóveis foi posto à venda, onde ocorreu uma desvalorização na área de mais de R$ 2 milhões, de um ano para o outro, sem passar pela Câmara de Vereadores. Trata-se da venda de um terreno no Bairro Santo Antão. Segundo a lei municipal n° 6.878 de 17 de agosto de 2022, o terreno desta localidade estava avaliado em R$ 3.862.680 milhões, entretanto, no edital lançado na última semana, o valor foi diminuído para R$ 1.485.648,45 milhão (R$ 2.377.031,55 milhões a menos). 

Além dos protestos feitos pela AAECO, uma ação civil pública estava sendo preparada para impedir a realização do leilão. O presidente da Câmara de Vereadores, Rafael Pasqualotto, foi um dos políticos que utilizou a tribuna da Câmara para protestar em relação ao leilão destes terrenos e apontou irregularidades nos imóveis que seriam vendidos.

Conforme as informações do edital, no dia 17 de agosto, estariam à venda os seguintes imóveis públicos:

Continua após a publicidade