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Após pressão política e comunitária, prefeitura de Bento suspende venda de terrenos

Poder público não conseguiu explicar a motivação da venda de terrenos com Área de Preservação Permanente (APP) com valores muito abaixo do preço original.

08/08/2023 às 09h58 Atualizada em 09/08/2023 às 13h41
Por: Marcelo Dargelio
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Após pressão política e comunitária, prefeitura de Bento suspende venda de terrenos

Após uma pressão de entidades, órgãos de imprensa e políticos, a Prefeitura de Bento Gonçalves suspendeu a venda de terrenos públicos que pretendia fazer no dia 17 de agosto. A suspensão foi publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, 7 de agosto.

Uma investigação da Associação Ativista Ecológica (AAECO) e da equipe do NB Notícias que identificou uma irregularidade na forma em que um dos imóveis foi posto à venda, onde ocorreu uma desvalorização na área de mais de R$ 2 milhões, de um ano para o outro, sem passar pela Câmara de Vereadores. Trata-se da venda de um terreno no Bairro Santo Antão. Segundo a lei municipal n° 6.878 de 17 de agosto de 2022, o terreno desta localidade estava avaliado em R$ 3.862.680 milhões, entretanto, no edital lançado na última semana, o valor foi diminuído para R$ 1.485.648,45 milhão (R$ 2.377.031,55 milhões a menos). 

Além dos protestos feitos pela AAECO, uma ação civil pública estava sendo preparada para impedir a realização do leilão. O presidente da Câmara de Vereadores, Rafael Pasqualotto, foi um dos políticos que utilizou a tribuna da Câmara para protestar em relação ao leilão destes terrenos e apontou irregularidades nos imóveis que seriam vendidos.

Conforme as informações do edital, no dia 17 de agosto, estariam à venda os seguintes imóveis públicos:

  • Um na Rua Severo Cesca, no bairro Aparecida no valor mínimo de R$ 77.500 mil;
  • Três na Rua João Fianco, no bairro Imigrante, sendo dois no valor mínimo de R$ 140 mil (ambos com área de 348,00 M²) e e um a partir de R$ 210 mil (com área de 473,96 M²). Os três eram APP's (com uma nascente e curso hídrico);
  • Dois na rua Antônio Beltrame, Loteamento Bela Vista 2, Bairro Jardim Glória, um no valor mínimo de R$ 450 mil (com área de 676,58 M²) e outro de R$ 990.000 mil (com área de 1.387,40 M²);
  • Um na rua Justino Cabral, bairro São Roque, com área de 966,54 M² no valor mínimo de R$ 483.270 mil;
  • Um na rua Marcos Valduga e Ari Ozelame, no bairro Santa Helena, com área de 1.800,00 M² no valor mínimo de R$ 657.831,32 mil. Era uma APP;  
  • Um na rua Paolo Fenócchio, bairro Universitário, com área de 1.532,78 M² no valor mínimo de R$ 928.000 mil;
  • Um na rua Isidoro Agostini, bairro Santo Antão, com área de 5.577,00 M² no valor mínimo de R$ 1.485.648,45 milhão. Era uma APP. 
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Daniel Guedes GonçalvesHá 1 ano Bento GonçalvesO atual prefeito se caracteriza como inimigo do meio ambiente numa compreensão equivoca e retrógrada de crescimento. O povo precisa estar atento para evitar ações políticas destrutivas.
Gilnei RigottoHá 1 ano Bento Gonçalves Parabéns NB pela coragem de expor a comunidade tudo o que ocorre no meio ambiente de nossa cidade.
consuelo baccegaHá 1 ano Bento Gonçalves, RS"APP" - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANETE!!!!!! Pronto, só pela definição é assim que estes e outros terrenos denominados como sendo ÁREA VERDE, devem permanecer. Sem a ganância da especulação imobiliária e desvios de dinheiro.
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