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Brasil é eliminado na primeira fase da Copa do Mundo Feminina

É a primeira vez, desde 1995, que a seleção brasileira não passa da fase de grupos da competição.

02/08/2023 às 10h56
Por: Kevin Sganzerla Fonte: Agência Brasil
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Foto: Thais Magalhães/CBF
Foto: Thais Magalhães/CBF

Após o empate sem gols contra a Jamaica, nesta quarta (2), em Melbourne, a Seleção Brasileira deu adeus à Copa do Mundo sem sequer passar da fase de grupos, algo que não acontecia desde 1995. Com quatro pontos, o Brasil terminou em terceiro no grupo F, atrás da própria Jamaica (cinco pontos) e da França (que bateu o Panamá por 6 a 3 e chegou a sete pontos, em primeiro).

O jogo:

Durante cerca de 20 minutos, as coisas andaram bem para o Brasil, mas não por algo que a própria seleção estivesse fazendo. Marta Cox abriu o placar para o Panamá diante da França em Sydney com um golaço de falta, aos dois minutos. Naquele momento, o Brasil tinha a combinação de resultados que precisava para se classificar mesmo empatando.

Quando Lakrar empatou para a França, aos 21, a figura mudou e, assim como era esperado, a vitória se fez obrigatória. Na primeira etapa, usando principalmente o lado esquerdo do ataque, o Brasil até criou. Tamires apareceu bem para finalizar por duas vezes, aos 19 e aos 38, mas em ambas oportunidades a finalização foi defendida por Rebecca Spencer.

Em outra jogada pela esquerda, o cruzamento encontrou Ary Borges na área. A arma que rendeu a ela dois gols na estreia, a cabeça, não foi tão eficiente desta vez e a finalização aos 23 saiu por cima do gol. A Jamaica, completamente dedicada a se defender, terminou o primeiro tempo sem nenhuma finalização. O Brasil beirou os 60% de posse de bola. Mas não fez a pressão que se esperava. Àquela altura, a França ia para o intervalo já goleando o Panamá por 4 a 1.

Na volta do intervalo, nos primeiros minutos, a impressão era de que o Brasil assumiria uma posição mais incisiva no campo de ataque para de fato pressionar as jamaicanas. No entanto, logo se viu que a seleção se tornou refém da falta de criatividade e do nervosismo. Insistindo em jogadas aéreas, o Brasil tinha a bola, mas pouco finalizava. Esbarrava na forte defesa do país caribenho (que entrou em campo sem ter sido vazada e assim terminou) e nos erros de passe.

Em uma última cartada de desespero, Pia Sundhage sacou, de uma vez, três jogadoras - uma delas Marta - quando restavam menos de dez minutos para o fim. Andressa Alves, Duda Sampaio e Geyse entraram mas não alteraram o andamento da partida. Geyse teve a melhor chance ao receber já na área com ângulo para chutar, pela esquerda, mas a finalização saiu completamente torta.

Já no fim, Andressa Alves cobrou falta direto nas mãos de Spencer. No derradeiro lance do jogo, o Brasil colocou todas as suas jogadoras - inclusive a goleira Letícia - no ataque em uma cobrança de escanteio. Após intenso bate-rebate, a bola sobrou para Debinha, que cabeceou mirando o canto direito, mas Spencer novamente chegou a tempo para encaixar.

Com o apito final, o gramado do Estádio Retangular foi tomado pela emoção, desde o choro alegre das jamaicanas, classificadas ao mata-mata pela primeira vez na história, às lágrimas de decepção das brasileiras.

Nesta quinta (3), a fase de grupos da Copa se encerra com os dois duelos finais do grupo H para, então, serem definidos os confrontos das oitavas de final. 

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