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PM é condenado a 11 anos pelo assassinato de Lucas Cousandier

Emerson Tomazoni foi condenado a 11 anos, seis meses e 10 dias de reclusão em regime fechado pelo homicídio. Os outros dois tiveram penas menores.

21/03/2019 às 12h50 Atualizada em 10/08/2019 às 14h30
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Teve seu primeiro desfecho na justiça o caso da morte do jovem bento-gonçalvense Lucas Cousandier, assassinado durante uma perseguição policial ocorrida no dia 4 de fevereiro de 2016. Após dois dias de julgamento, os policiais militares acusados pelo Ministério Público pelo crime foram sentenciados de formas diferentes. Apenas um deles foi condenado pelo homicídio de Lucas, que na época tinha 19 anos.

Emerson Tomazoni (à direita na foto) foi condenado a 11 anos, seis meses e 10 dias de reclusão em regime fechado pelo homicídio e crimes conexos. Gabriel Modesto Ceconi foi condenado apenas pelo abuso de autoridade, mas a pena já foi cumprida em razão dos três anos de prisão preventiva. Devilson Soares recebeu condenação de cinco anos pela denunciação caluniosa e porte ilegal de arma de fogo e cumprirá a sentença em regime aberto.

Na primeira fila da plateia, os pais do jovem morto, Naira e Marcelo Cousandier, 54 e 55 anos, respectivamente, se emocionaram muito aos ouvir os debates. "Eu quero justiça. Não quero que outros pais passem pelo que nós estamos passando. Nossa vida acabou. Eu tenho outro menino de 12 anos. Ele precisa muito de nós. Mas eu não tenho mais força. Eu preciso que haja justiça para meu filho (Lucas) ter paz, descansar e nós também", disse a mãe do jovem assassinado.

Como ocorreu o crime

O crime ocorreu na madrugada de 4 de fevereiro de 2016, quando três jovens que tripulavam um Ka vindos de Bento Gonçalves não atenderam à ordem de parada dos policiais no bairro São Pelegrino, em Caxias do Sul. Seguiu-se uma perseguição policial que resultou na morte de um deles — Lucas Raffainer Cousandier, à época com 19 anos — baleado na cabeça.

Inicialmente, a ocorrência foi registrada pelos PMs como confronto com troca de tiros. Dois revólveres foram encontrados no carro dos jovens e marcas de tiros na viatura da Brigada Militar. Mas, depois, o caso teve uma reviravolta. A investigação apontou que os jovens não estavam armados, portanto, não atiraram contra os PMs e que as armas foram plantadas dentro do Ka pelos policiais. 

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