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Escola Municipal Maria Borges Frota busca se tornar exemplo em sustentabilidade

Desde março até então, a instituição já arrecadou quase meia tonelada de garrafas pet para reciclagem. Objetivo é ultrapassar uma tonelada no final do ano.

24/06/2023 às 23h25 Atualizada em 01/07/2023 às 15h06
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Foto: Kévin Sganzerla
Foto: Kévin Sganzerla

Uma garrafa pet descartada na natureza pode levar, segundo o Ibama, de 200 a 600 anos para se decompor. Quando se recicla uma tonelada de garrafas pet sãos 130 kg de petróleo economizados. Com base na importância da reciclagem do plástico e da preservação da natureza, a Escola Municipal Maria Borges Frota, do bairro Zatt, busca se tornar referência em logística reversa na arrecadação de garrafas PET para reciclagem, desta forma, promovendo a sustentabilidade e a economia circular. 

Conforme a professora de ciências da instituição, Thais de Anhaia, cerca de meia tonelada de garrafas pet já foi recolhida pela escola e convertida em valores, os quais são reaplicados em projetos secundários ou melhorias e passeios das turmas. Porém, o intuito principal, segundo Thais, não é lucrar, e sim demonstrar a importância da reciclagem e que, com ela, também é possível angariar uma renda extra. 

Em meio a essa ação, a escola destacou a importância dos catadores de resíduos da comunidade, não os deixando a margem da sociedade e sim os trazendo à tona para evidenciar a sua relevância na busca pela preservação. “Temos alunos catadores, temos famílias que dependem dos resíduos. Nosso objetivo é trazer isso e mostrar para toda a escola que é uma profissão muito importante para todo mundo”, reflete Thais. 

A opção pela reciclagem de garrafas PET surgiu para não conflitar com as famílias do bairro e dos próprios alunos que reciclam papelão e alumínio. “Toda ação que realizamos é ligada a um Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável (ODS). Queremos minimizar o uso do plástico e reciclá-lo, mudando todo o nosso formato para ser mais sustentável”, explica a professora, que complementa:

“Trazemos para a pauta e debate uma questão que existe, que são os catadores, os quais fazem parte da comunidade. Chamamos quem tem propriedade de fala para abordar o assunto. Eles não estão à margem, estão no centro”, detalha. 

Um dos exemplos é o aluno Gabriel Nunes, de 17 anos, o qual está no oitavo ano. O morador do bairro Ouro Verde é reciclador de latinhas e alumínio e busca, por meio da reciclagem, pagar a sua van para estudar, além de outros gastos. “Junto lata e alumínio para pagar a minha van. Vou aos sábados e domingos. Acordo 6 horas da manhã e volto para casa somente às 4hh30 e vou por tudo”, relata. 

Conforme Gabriel, atualmente são pagos 5 reais por quilo de alumínio coletado. “Tem dias que, com três sacos de latinhas, consigo juntar R$ 170”, comenta. Além de reciclar para ajudar nos custos de casa, ele também faz questão de auxiliar a escola na reciclagem de garrafas PET. “Ajudo a escola. Quando busco as latas também busco recolher plásticos e já separo para deixar na escola”, explica. 

Gabriel é um dos protagonistas desta ação em prol da natureza. Ao mesmo tempo em que arrecada dinheiro, auxilia na sustentabilidade e preservação da natureza por meio do seu trabalho. 

Conforme Thais, a escola se engajou de forma significativa na ação, mobilizando não só alunos, como todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar, desde professores, servidores e pais. “Foram mais de 10 mil garrafas arrecadadas, quase meia tonelada, mas temos sonhos mais altos de alcançar uma tonelada nesse primeiro ano”, pondera.

Educação infantil também é contemplada com ações em prol da sustentabilidade e consciência da importância da preservação do meio ambiente

 

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