Terminou de forma trágica as buscas pelos tripulantes do submarino Titan, que realizava uma expedição até os destroços do Titanic no Oceano Atlântico. Segundo a Guarda Costeira americana, o Titan implodiu em virtude da ‘catástrófica perda de pressão interna na cabine’. O submersível perdeu contato com o comando remoto em terra que o guiava na expedição rumo ao Titanic no domingo, 18 de junho.
De acordo com a Guarda Costeira, morreram os bilionários Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation e Shahzada Dawood, paquistanês vice-presidente do conglomerado Engro, além de seu filho Suleman, todos passageiros da expedição. A tripulação composta pelo mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions são as outras vítimas. Os passageiros pagaram US$ 250 mil cada um (R$ 1,2 milhão) pela expedição. “Os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação”, disse o almirante John Mauger, porta-voz da Guarda Costeira americana em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 22.
As autoridades encontraram "cinco pedaços principais de detritos" que indicavam que eram do Titan, incluindo um cone de nariz, a extremidade frontal do casco de pressão e a extremidade traseira do casco de pressão, confirmou Hankins. O local onde o submersível Titan foi encontrado – 1.600 pés da proa do Titanic — e o tamanho do campo de destroços indica que a embarcação implodiu, de acordo com Carl Hartsfield, especialista da Woods Hole Oceanographic Institution. Não parece haver qualquer indicação de que ele colidiu com os destroços.
Questionado sobre as perspectivas de recuperação dos corpos das vítimas, o almirante Mauger disse não ter uma resposta. “Este é um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar”, disse ele.