A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou os resultados sobre a qualidade das águas de todas as bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul referente a 2022. É a primeira vez que se realiza o monitoramento das 25 bacias do Estado, as quais são divididas, para fins de análises, em três regiões: Litoral, Uruguai e Guaíba.
“Essa cobertura total das bacias permite que a Fepam possa gerar um diagnóstico mais preciso sobre como está a situação em cada canto do Rio Grande do Sul. Isso facilita para que as prefeituras possam tomar as devidas providências para o melhoramento dessas regiões”, afirma o presidente da Fepam, Renato Chagas.
O relatório traz resultados da análise qualiquantitativa de amostras de água coletadas nas 221 estações de monitoramento pertencentes à Rede de Monitoramento Básico do Estado. Para a avaliação apresentada foram considerados os parâmetros físico-químicos e microbiológicos sistematicamente analisados, as principais cargas poluidoras em zona urbana e rural e a potencial degradação da qualidade ambiental conferida pelos referidos parâmetros. Conforme o documento, na maioria dos casos analisados a qualidade é boa e apta para atender aos usos mais nobres da água.
Pontualmente, foram identificados comprometimentos críticos em algumas estações, como do baixo Gravataí e do médio Sinos, tornando imprópria para todos os usos previstos na Resolução Conama nº 357/2005.
“Essas bacias hidrográficas, do Gravataí e dos Sinos, estão entre as mais críticas do país em termos de pressões e de qualidade da água. Por isso, o governo do Estado tem dado atenção especial a elas por meio do programa Revitalização de Bacias Hidrográficas”, explica a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. “O programa, já em andamento, prevê a recuperação, conservação e preservação ambiental por meio de ações integradas e permanentes que promovam o uso sustentável dos recursos naturais.”
Na região do Uruguai, o documento ressalta que as piores estações são no Arroio Bagé, no Rio Santa Maria e no Rio Santo Cristo.
O programa teve início na década de 1990, e até 2016 abrangia apenas as bacias mais populosas. A partir daquele ano, com a adesão do Rio Grande do Sul ao Programa Qualiágua da Agência Nacional de Águas (ANA), iniciou-se a implantação progressiva de mais bacias.
As análises foram conduzidas por técnicos da Divisão de Planejamento Ambiental, da Divisão de Monitoramento Ambiental (Dimam), vinculadas ao Departamento de Qualidade Ambiental (DQA) da Fepam; e do Serviço de Inteligência Geoespacial (SIG).
Os dados apresentados são oriundos da Rede Básica de Monitoramento do RS, operada pelo Serviço de Amostragem (Samost); pelas Gerências Regionais da Campanha (Gercam), da Serra (Gerser), do Sul (Gersul), do Centro (Gercen), do Noroeste (Gernor), do Centro-Leste (Gercel), e do Litoral Norte (Gerpla); e pela Divisão de Laboratórios (Dilab) da Fepam.
O relatório completo está disponível para acesso do público no site da Fepam .
Texto: Jéferson Cardoso/Ascom Sema-Fepam
Edição: Felipe Borges/Secom
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