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Candida Auris: conheça os sintomas e tratamentos deste superfungo

A cada 3 pessoas que contraem essa levedura, 1 morre. Ainda não se sabe como ela começou a existir, quais medicamentos poderiam combatê-la e não é possível estimar futuros surtos.

29/05/2023 às 09h29 Atualizada em 29/05/2023 às 10h43
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: Divulgação
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A levedura Candida Auris é uma infecção causada por fungos, que podem afetar diferentes partes do corpo: corrente sanguínea, ouvidos, sistema respiratório e bexiga. Além disso, ainda podem causar ou agravar infecções em feridas.

O problema que preocupa os cientistas é que esse microrganismo é mais forte que os medicamentos disponíveis. Parece que o micróbio tem um comportamento semelhante às bactérias, sendo capaz de criar resistência aos tratamentos.

Por isso, a Candida Auris é quase invencível. A cada 3 pessoas que contraem essa levedura, 1 morre. O que mais intriga os médicos é o mistério. Ainda não se sabe como ela começou a existir, quais medicamentos poderiam combatê-la e não é possível estimar futuros surtos.

Por conta do nome atribuído ao fungo, é comum que existam dúvidas a respeito da sua relação com a candidíase, uma condição bastante comum que afeta a saúde da região íntima. Para que não haja confusão, é importante compreender do que se trata o fungo em questão e quais riscos pode trazer à saúde das pessoas infectadas.

Fungo Candida auris, seus sintomas e tratamentos. Confira!

O fungo Candida auris também causa candidíase? Um primeiro ponto a ser explicado é a relação do fungo Candida auris com a candidíase, causada pela espécie Candida albicans. Apesar dos nomes similares, as condições geradas pela infecção por cada tipo de fungo são bastante distintas.

Enquanto a candidíase já conta com diversas opções de tratamento e gera quadros que são facilmente controlados, o fungo Candida auris é responsável por uma infecção grave e que não conta com um tratamento tão simples.

Cabe ressaltar que muitos profissionais o classificam como um superfungo, tendo em vista sua resistência aos tratamentos tradicionais utilizados nesse tipo de infecção.

Quais são os sintomas dessa infecção?

O primeiro caso registrado da presença desse fungo no organismo humano estava relacionado a uma infecção no ouvido.

Por outro lado, também há casos manifestados no sistema respiratório ou associados a infecções urinárias e dores na bexiga.

Assim, não se sabe exatamente quais são as áreas do organismo afetadas pelo fungo Candida auris, mas é possível identificar alguns dos principais sintomas da infecção.

Entre eles, estão:

Febre; 

Tontura;

Alteração da pressão arterial; 

Dificuldade para respirar;

Aceleração do ritmo cardíaco.

Quem está mais propenso ao fungo Candida auris?

A transmissão desse superfungo costuma ocorrer em ambientes hospitalares, quando o paciente encontra-se em recuperação após procedimentos cirúrgicos.

Pacientes que fazem uso prolongado de antibióticos também estão mais propensos à ação do fungo, uma vez que, em excesso, esses medicamentos podem eliminar bactérias capazes de combater a entrada do Candida auris.

A transmissão em ambientes hospitalares também é motivada pela capacidade do fungo de aderir aos equipamentos médicos e proliferar-se em itens de uso cotidiano nesses locais, como o cateter venoso central.

Por isso, a atenção deve ser redobrada para pessoas que estão em recuperação nos hospitais e também para pacientes de doenças crônicas ou outras condições que prejudiquem o sistema imunológico.

Há tratamento?

O tratamento para a condição causada pelo fungo ainda é uma questão a ser debatida pelos especialistas, tendo em vista a resistência do Candida auris aos antifúngicos mais utilizados em contextos como esse.

Para aumentar as chances de sucesso do tratamento, é comum que as doses dos medicamentos sejam aumentadas de acordo com a necessidade apresentada pelo organismo do paciente e sua recepção em relação aos antifúngicos.

De modo geral, procura-se tratar o quadro com antecedência, de modo que seja possível impedir a proliferação do fungo na corrente sanguínea, o que pode gerar uma infecção generalizada.Mesmo com tantas tecnologias ainda existem microrganismos que a ciência não conhece. Por isso, é necessário que se continue estudando e pesquisando.

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