A licitação deserta para a construção da nova Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) no Lago da Fasolo, em Bento Gonçalves, pegou todos de surpresa. A Frente Parlamentar da situação se reuniu na última terça-feira, 23, e decidiu que buscarão entender o motivo de não haver interessados para o projeto, além de procurar apoio com deputados estaduais para que a obra aconteça de vez.
A Frente Parlamentar em Defesa do Lago da Fasolo surgiu ainda em 2021 com o objetivo de dar andamento ao processo de despoluição do local, mas parece que não será tão fácil. Com nenhuma empresa interessada na construção da Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) no espaço, os vereadores irão atrás dos motivos disto ter ocorrido e tentar agilizar o processo. De acordo com a assessoria da Prefeitura de Bento Gonçalves, a Companhia está realizando ajustes no edital, mas sem data de quando irão disponibilizar novamente.
O presidente da Frente, Agostinho Petroli (MDB), destacou que ficaram surpresos com o resultado e tentaram contato logo após o encerramento da licitação com a Corsan, mas sem sucesso. "Estávamos acompanhando pelo site da Corsan o andamento da licitação e quando foi finalizado no dia 08 de maio com nenhum interessado, ficamos surpresos e ligamos imediatamente para o Setor de Licitação da Corsan, mas sem sucesso. Tentamos novamente, desta vez ligando na Superintendência de Projetos (SUPRO) e Departamento de Projetos de Esgoto, que ficaram de retornar com informações, mas até o momento não houve manifestações," pontua Petroli.
Com isso, a Frente se reuniu na última terça-feira, 23, para discutir o que poderiam fazer para agilizar os processos, então o vereador e relator do grupo, José Gava (PDT), sugeriu uma reunião com o Superintendente da Região Nordeste, Lutero Cassol, que será realizada no dia 30 de maio e um encontro com a diretoria da Corsan de Porto Alegre junto com o Executivo e deputados estaduais para pressionarem a realização da obra.
Agostinho comenta que também irão avaliar a questão da Corsan estar sendo privatizada. "Isso pode ser um empecilho para as empresas, pois ainda não ficou definido se a Companhia será ou não privatizada e isso pode estar afastando as interessadas," opina Petroli.
Além disso, os vereadores Duda Pompermayer (PP) e Thiago Fabris (PP) questionaram os custos da licitação e sugeririam da Frente buscar empresas privadas que realizam esse tipo de obra para avaliarem se o valor oferecido no edital é aceitável - sendo ele R$ 1.676.237,89 para a construção da rede coletora, elevatório de esgoto bruto, linha de recalque e implantação da estação de tratamento de esgoto do lago.
Fazem parte da Frente Parlamentar do Lago da Fasolo o presidente Agostinho Petroli (MDB), o relator José Antônio Gava (PDT) e os membros Edson Biasi (PP), Duda Pompermayer (PP), Rafael L. Fantin (PSD), o Dentinho e Thiago Fabris (PP).