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Vereador convoca audiência pública para discutir veto de projeto que permitia entrada de animais em estabelecimentos de Bento

O projeto de lei complementar foi aprovado ainda em março, mas a Prefeitura solicitou o veto da matéria por não concordarem com a justificativa oferecida pelo autor.

Renata Oliveira
Por: Renata Oliveira Fonte: NB Notícias
24/05/2023 às 12h48 Atualizada em 24/05/2023 às 13h23
Vereador convoca audiência pública para discutir veto de projeto que permitia entrada de animais em estabelecimentos de Bento
Essa mesma mudança também está tramitando no Congresso Federal.

No final de março deste ano, a Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves aprovou uma lei complementar que permitia o direito de todo o cidadão de ingressar e permanecer com seu animal doméstico em todos os estabelecimentos públicos e privados da cidade desde que seguisse as normas sanitárias, porém, o Executivo não aceitou e solicitou o veto do projeto. Com isso, o autor da lei e presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-estar Social, Anderson Zanella (PP), convocou uma audiência pública na próxima quinta-feira, 25, para discutir sobre o pedido da Prefeitura, mas não concorda com a ação.  

O Projeto de Lei Complementar nº 1/2023, referente a liberação de todo o cidadão ingressar e permanecer com seu animal doméstico em todos os estabelecimentos públicos e privados da cidade (desde que seguisse as normas sanitárias) de autoria do vereador Anderson Zanella (PP) foi aprovado no dia 27 de março com unanimidade de votos e aguardava a sanção do Prefeito Diogo Siqueira, contudo, no dia 25 de abril o Executivo enviou a Câmara de Vereadores um ofício solicitando o veto integral da matéria. 

No documento enviado, a Prefeitura justifica que o pedido não considera a falta de bom senso das pessoas e não detalha tipos de restrições. "[...] Não se prevê, no entanto, nem as condições, critérios, bom senso ou mesmo a possibilidade do proprietário ou responsável pelo estabelecimento em manifestar sua posição a favor ou contrária. A justificativa dada pelo autor do Projeto de Lei não há argumentos baseados em estudos, em comprovação através de casos já existentes ou similares, e também não se classifica o que é o animal doméstico, e não há restrições, sobretudo de cunho sanitário, e estes detalhes fazem a diferença quando se trata de uma nova redação para o texto legal," explicam no ofício. 

Além disso, o documento também destaca que a Lei Complementar retira o direito de liberdade do empreendedor. "Ademais, o projeto de lei que está sendo vetado, implica em ingerência na organização interna de estabelecimentos, acarretando a obrigatoriedade de permanência de animais domésticos no interior desses estabelecimentos, numa clara invasão da competência legislativa e afronta a liberdade econômica," frisam. 

No ofício, a Prefeitura relembra que há muitos espaços na cidade que oferecem um local para deixar o animal de estimação e que o ingresso só deve ser permitido quando forem casos de cães-guias. "É comum verificar espaços destinados aos animais de estimação em praças públicas e na frente de estabelecimentos comerciais, sobretudo deste Município. O incentivo ao asseio com seu animal de estimação é algo evidente, porém, deve-se restringir a entrada dos mesmos em determinados locais, por questões sanitárias, salvo o que diz a Lei Federal n° 11.126, de 27 de junho de 2005, que dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia," esclarecem. 

Com isso, o vereador Zanella, como presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-estar Social, convocou a audiência pública para discutir o veto, contudo, não concorda com o posicionamento do Executivo. "Na minha análise, esse veto veio de forma equivocada. Quando fazemos uma mudança em um código de postura, toda a regulamentação cabe ao Executivo, então é eles que definem que tamanho de animal pode entrar no supermercado ou não, etc. Na minha opinião, um simples decreto resolveria o problema, não era necessário o veto," comenta o vereador. 

O parlamentar também coloca que essa mudança também está tramitando no Congresso Federal e que no projeto, fica claro que a permissão era até o ponto em que as regras de vigilância sanitária permitissem. "Esse é um assunto que também está tramitando no Congresso Federal, já passou pelas Comissões e está quase indo ao Plenário para votação. Ela está na mesma linha do que sugeri no projeto. Além disso, na matéria é frisado que é liberada a entrada do animal em condições que assegurem a saúde e o bem estar das pessoas e a limpeza e higiene do local, era óbvio que não seria liberado a entrada de animais em todos os restaurantes ou similares," destaca Zanella. 

Zanella complementa que a lei veio mais para regularizar, por exemplo, a questão de clubes privados que um permite e outro não. "O meu objetivo era mais regularizar essas questões de clubes, por exemplo, que um permite a entrada de animais e outros não, mas também, naturalizar a situação, pois está cada vez mais comum as pessoas teres seus animais de estimação junto de si," explica o vereador. 

A audiência pública ocorre nesta quinta-feira, 25, a partir das 14h, na Câmara de Vereadores. É aberta ao público. 

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Consuelo BaccegaHá 2 anos Bento Gonçalves, RSConcordo com o VETO e com a Simone, e digo mais: a falta de noção, e de desconfiômetro, tanto de quem elaborou o projeto, tanto do ser humano que pode achar que tem direito de qualquer coisa, sem respeitar regras de convivência (o exemplo é o incômodo dos “sons” automotivos e badernas que se presencia na cidade e mesmo nos interiores) que faz com que seja necessário disciplinar a matéria. Parabéns ao Prefeito !
Simone Há 2 anos Bento GonÇalvesTenho animal de estimação mas não concordo q eles devam entrar em Todos lugares, principalmente onde tem alimentação.
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