Um caso bárbaro causou revolta na comunidade de Carlos Barbosa. Uma criança com espectro autista foi violentamente agredida por uma monitora em uma escola de educação infantil do município. Câmeras de videomonitoramento registraram a agressão. A servidora foi afastada e suspensa por 60 dias e o poder público abriu sindicância para investigar o caso.
A atitude foi tomada somente após a vereadora Lucilene Marchi (PDT) denunciar o caso na noite da terça-feira, 16 de maio, durante a sessão ordinária do Legislativo. Segundo o relato da parlamentar, o menino foi jogado no chão e agredido pela monitora. O caso teria acontecido no dia 17 de abril. Até a manifestação da vereadora, a monitora seguia trabalhando normalmente na creche.
A mãe do menino perguntou na agenda do menino o que tinha acontecido e não recebeu resposta. Ela falou com a diretora da creche e recebeu a informação que o menino teria rolado no chão e batido a cabeça. A mãe pediu para ver as câmeras da escola, mas não conseguiu acesso.
Ela precisou fazer um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia e um protocolo para a Secretaria Municipal de Educação, conseguindo ver as imagens na delegacia. A mãe relata que o filho ficou agitado e foi deixado no chão chorando e gritando por vários minutos. A monitora saiu com a criança pela mão para caminhar pela sala, a criança ficou brava e sentou no chão. Com isso, a monitora empurrou a criança para baixo de uma cadeira. Neste dia, a criança chegou em casa com um ferimento na cabeça (um inchaço).
Após a grande repercussão do caso na comunidade, a Prefeitura Municipal de Carlos Barbosa resolveu afastar a monitora. A Secretaria Municipal de Educação informou que, tão logo soube do caso, acompanhou de perto a situação, realizando reunião com a diretora da escola para captar informações e realizou análise das câmeras de videomonitoramento, uma ferramenta muito importante que a Educação dispõe para a proteção das crianças, bem como dos servidores. Com isso, optou-se por afastar a auxiliar da escola e pela suspensão de suas atividades por 60 dias, além do processo administrativo disciplinar que já foi instalado com a finalidade de apurar a conduta da servidora.
A Secretaria também informa que forneceu prontamente as imagens à Polícia Civil, conforme solicitação no Boletim de Ocorrência (B.O.) que a mãe da criança realizou na Delegacia. "Repudiamos quaisquer agressões para com crianças ou pessoas de qualquer idade e reiteramos a nossa preocupação com a segurança e o respeito para com os alunos bem como educadores do município, pais e responsáveis e queremos esclarecer os fatos o quanto antes", destaca a nota da Secretaria Municipal da Educação de Carlos Barbosa.
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