No Dia da Conscientização sobre Fibromialgia, 12 de maio, a Secretaria da Saúde (SES) orienta sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dessa síndrome que engloba uma série de manifestações clínicas. Dentre elas, dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono. Trata-se de uma forma de reumatismo associada à sensibilidade do indivíduo diante de um estímulo doloroso.
A síndrome – que afeta 2,5% da população mundial, sendo a maioria mulheres entre 30 e 50 anos – tem tratamento e diagnóstico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. Desde 2021, o Estado conta com a Lei nº 15.606, que trata da Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Fibromialgia.
“A fibromialgia é uma condição complexa e que afeta a vida da pessoa de forma global. Por isso, é fundamental um olhar integral por parte das equipes de saúde”, explica a coordenadora da Seção de Doenças de Condições Crônicas Não Transmissíveis da SES, Fernanda Carvalho. “Na Atenção Primária à Saúde, além do cuidado direcionado à dor, pode ser oferecido um olhar mais abrangente que inclua questões de saúde mental, atividade física, práticas integrativas e hábitos saudáveis.”
O acesso ao diagnóstico e tratamento da fibromialgia deve começar em uma das unidades de saúde da atenção primária do município de residência do paciente, onde todo o processo de investigação será iniciado e as orientações efetuadas pela equipe. Caso haja necessidade de abordagem de maior complexidade para acompanhamento, o caso poderá ser encaminhado pela equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS), por meio do Gercon (Sistema de Regulação) para serviços de média ou alta complexidade habilitados pelo Estado.
Há ambulatórios de Neurologia e Reumatologia, além de outras especialidades, que podem realizar o atendimento. Cada caso é estudado pela equipe de regulação do Departamento Estadual de Regulação do Estado (DRE), que definirá a oferta mais adequada para a situação conforme as informações clínicas da equipe básica do município.
A SES também tem estimulado a pesquisa sobre a doença no Estado e a revisão ou elaboração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas que permitam uma melhor regulação de acesso. Além disso, tem incentivado a formação e a capacitação de profissionais de saúde no atendimento à pessoa com fibromialgia, bem como a educação de seus familiares.
Prevenção
Estudos mostram que, embora ainda não haja cura para a fibromialgia, é possível seu controle com a prática de exercícios físicos – preferencialmente atividades aeróbicas, como andar e nadar. A hidroginástica, o alongamento e o fortalecimento muscular devem, também, ser estimulados.
Uma alimentação saudável e equilibrada também pode auxiliar no alívio da dor crônica. A dieta deve incluir frutas e vegetais frescos, grãos integrais e gorduras saudáveis (como abacate e azeite). Além disso, alimentos pouco saudáveis, como os processados e os que apresentam quantidades excessivas de gorduras saturadas, devem ser evitados. De toda forma, é importante procurar orientação médica especializada no tratamento da fibromialgia.
Diagnóstico
O diagnóstico da fibromialgia é eminentemente clínico, com análise do histórico do paciente, exame físico e exames laboratoriais. Esse cuidado auxilia para que se possa afastar outras condições propícias a causar sintomas semelhantes. Não há alteração dos exames que indicam inflamação.
Além disso, exames de imagem devem ser interpretados com muito cuidado, pois nem sempre os achados da radiologia são a causa da dor do paciente. A fibromialgia também pode aparecer em pessoas que apresentam outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, e muitas vezes dificulta uma completa melhora desses pacientes.
Tratamento
Em termos de tratamento, o objetivo é aliviar os sintomas com melhora na qualidade de vida. A doença não traz deformidades ou sequelas nas articulações e músculos – entretanto, os pacientes podem apresentar uma má qualidade de vida. Os Protocolos Clínicos e as Diretrizes Terapêuticas recomendam a prática de exercícios físicos regulares.
Em alguns casos, a terapia psicológica pode ser útil, sobretudo para aprender a lidar com a dor crônica. Os medicamentos são úteis para diminuir a dor, melhorar o sono e a disposição do paciente e para possibilitar a prática de exercícios físicos.
Texto: Ascom SES
Edição: Felipe Borges/Secom
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