Entrou no Facebook ou Instagram hoje? Então você foi bombardeado com uma infinidade de fotos com a hashtag “Ten Years Challenge” (desafio dos dez anos), mostrando como seus amigos eram há uma década anos em comparação com a atualidade. Só no Instagram, já são mais de dois milhões de postagens, definindo como a brincadeira caiu no gosto de seus usuários. A tag, claro, foi impulsionada por diversas personalidades da mídia, com participações de Eliana, Viviane Araújo e até Madonna.
A indústria automotiva também mudou nos últimos dez anos. O VW Gol era o carro mais vendido, motores de três cilindros não existiam e também não havia qualquer chance remota de modelos híbridos e elétricos chegarem ao mercado. Na mesma pegada da hashtag do desafio dos dez anos ,confira como eram alguns dos carros mais vendidos do Brasil em 2009, comparado aos dias de hoje.
VW Gol
O VW Gol era mais feliz em 2009. Ele mantinha o posto de líder absoluto de mercado, com 303 mil emplacamentos. Em comparação, o atual modelo mais vendido do Brasil é o Onix, com pouco mais de 210 mil unidades. Vale lembrar que a Volkswagen tinha duas gerações do Gol no mercado ao mesmo tempo, sendo que uma delas mantém sua estrutura até os dias de hoje. Sua versão de maior sucesso tinha motor 1.0, de 76 cv e 10,6 kgfm de torque,mas também havia um modelo 1.6, de 104 cv.
Dez anos depois, o Gol ainda não perdeu seu status de estrela. Foi o quarto modelo mais vendido do Brasil no ano passado, ganhando até mesmo uma nova versão automática. Com um pouco mais de potência e um cilindro a menos no motor, entrega 82 cv de potência e 10,4 kgfm de torque na versão 1.0, bem como 120 cv na versão 1.6 automática.
Também chama atenção o fato dos carros serem praticamente pelados em meados de 2009. O Gol Trend básico não tinha ar-condicionado, travas elétricas, desembaçador, ABS e computador de bordo, itens que o modelo 2019 integra desde as versões mais simples.
GM Prisma
Refresque sua memória com os modelos que a Chevrolet vendeu no Brasil há dez anos: Celta, Astra, Corsa, Vectra, Meriva e Zarifa. Todos feitos pela Opel, descontinuados ou substituídos por carros totalmente novos. O único que mantém o nome desde então é o Prisma , que era a versão sedã do Celta em 2009. Em sua versão Maxx, vinha equipado com motor 1.4, de 97 cv da Família I. Curiosamente, dez anos depois, o modelo 2019 preserva o mesmo motor na família Onix.
A GM fez alguns acertos para extrair mais potência e melhorar o consumo. Atualmente, os números divulgados ficam na casa dos 106 cv de potência e 13,9 kgfm de torque. O porta-malas também cresceu, indo de 439 litros para 500 litros na troca de geração que aconteceu em meados de 2012. Conforme as movimentações da Chevrolet, o novo Prisma deverá ser renovado junto do Onix ainda este ano.
Ford Ka
Eis um caso de carro que mudou de categoria. O Ford Ka era um subcompacto em 2009, onde duas pessoas teriam que se apertar muito para encaixarem no banco traseiro. O espaço para os joelhos também era escasso, fazendo com que os ocupantes mais altos tivessem seus meniscos esmagados. O motor, à época, era o popular Rocam 1.0, de 72 cv de potência e 9,3 kgfm de torque.
Dez anos se passaram e o Ka deu um verdadeiro salto. O segundo modelo mais vendido do País conta até com versão sedã e aventureira, elevando o seu patamar e reduzindo o Fiesta a pó. Hoje, sua versão 1.0 tem 85 cv de potência e 10,7 kgfm de torque. Há também uma versão 1.5 de três cilindros, com 136 cv de potência e 16,1 kgfm de torque. Apesar da evolução, seu porta-malas diminuiu em relação ao modelo anterior. São atuais 257 litros, ante 263 l de 2009.
Fiat Uno
Talvez este seja um dos carros mais queridos dos brasileiros. Afinal, quem nunca andou no compacto quadradinho que preservou o mesmo design por 30 longos anos? Quando foi lançado em 1984, o Uno foi considerado um dos carros mais tecnológicos de seu tempo, ganhando muito destaque entre a classe média. Curiosamente, o modelo quase foi descontinuado nos anos 90, com a chegada do lançamento do Palio. Os bons números, por outro lado, garantiram sua permanência no mercado por mais duas décadas.
O modelo finalizou seu ciclo na versão 1.0 Economy, que tinha 66 cv de potência e 9,2 kgfm de torque. Sem qualquer vaidade, tornou-se um dos carros favoritos das frotas de empresas como as de telefonia, caindo nas graças dos internautas pelo meme “Uno de escada no teto”. Anos depois, a Fiat investiu no Novo Uno, sem o mesmo prestígio de nosso querido Mille. Atualmente, é vendido com motor 1.0 de três cilindros e 77 cv de potência, agonizando com o lançamento de novos modelos como Mobi e Argo.
Renault Sandero
Com três anos de mercado, o Renault Sandero já buscava posições de destaque no ranking de vendas de 2009. Foi o décimo quinto mais vendido do Brasil, atrás de nomes como Fiesta, Corolla e Fox. A versão de maior sucesso era a Expression com motor 1.0 da família D4D, desenvolvendo 77 cv de potência. Havia também um modelo 1.6, de 95 cv e 14,1 kgfm de torque.
Quando o assunto é espaço interno, o Sandero atual é imbatível. São 2,59 metros de entre-eixos (contra 2,52 m do Onix) que garantem o tamanho generoso, ainda mais por conta da largura dos bancos dianteiros. Sobra espaço para as pernas, podendo levar até um adulto no meio do banco traseiro com conforto razoável. Outro ponto de destaque é o porta-malas de 320 litros. São 20 litros a mais que Argo, Polo e Yaris, e gritantes 40 litros a mais que o Onix. Com motor 1.0, de 82 cv e 10,5 kgfm de torque a 5.000 rpm, o Sandero não faz feio ante os outros participantes do desafio dos dez anos .
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