A empresa responsável pela construção do novo presídio de Bento Gonçalves pediu uma prorrogação de 60 dias para a entrega do prédio. A informação foi divulgada pela assessoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) na tarde desta quinta-feira, 17. Com o novo prazo, a entrega do prédio, que deveria ocorrer ao final de janeiro, fica para abril. As informações são do Jornal Pioneiro.
"A obra está em fase final de acabamento, com um percentual 88,6% já executado. Como têm algumas aprovações pendentes e que carecem de documentações, eles (empresa) pediram esta prorrogação e acenamos positivamente, pois eles têm direito a este pedido. É apenas um aditivo contratual de prazo", explica o superintendente adjunto da Susepe e diretor do Departamento de Engenharia Prisional, Alexandre Niccol.
Além do atraso na entrega da obra, logo após sua conclusão, a Susepe pretende iniciar o aparelhamento para a ocupação da cadeia. Entre as instalações necessárias, está o sistema de informática. Na sequência, como é tradicional, a entrada de presos deverá ocorrer de forma gradual. Com isso, dificilmente a nova penitenciária será ocupada no primeiro semestre de 2019.
A nova estrutura também precisará de mais agentes penitenciários do que a atual casa de detenção. Este reforço virá de uma turma de novos servidores que já participam do curso de formação, que tem duração de 90 dias. A inauguração do presídio ainda não tem data.
A Verdi Sistemas Construtivos, que tem sede em Ivoti, mas a empresa respondeu que não pretende se manifestar sobre o pedido de prorrogação.
Ainda sem definição sobre presídio do Centro
Sobre o destino do atual presídio de Bento Gonçalves, a Susepe informa que ainda não há uma definição. A casa prisional fica na Rua Assis Brasil, no centro da cidade, o que preocupa moradores há anos devido à superlotação e a possibilidade de fugas. Foi a mobilização da comunidade que motivou a prefeitura a encontrar, junto ao governo estadual, uma forma de viabilizar a construção da nova cadeia. Diante da falta de recursos, o modelo encontrado foi a permuta de imóveis da cidade, no caso uma área da superintendência do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), avaliada em R$ 19,1 milhões.
Com capacidade para 420 presos, a nova estrutura foi orçada em R$ 30,9 milhões. Além dos R$ 19,1 milhões, o restante do valor foi complementado com recursos do Fundo Estadual de Gestão Patrimonial, que também são provenientes da alienação de imóveis — um dos exemplos foram os R$ 2,2 milhões pelos quais a residência do superintendente do Daer em Bento Gonçalves foi arrematada em janeiro do ano passado. Na época, a empresa que adquiriu o terreno informou que pretendia estabelecer um escritório de arquitetura e uma sala comercial.
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