Perceber que os cabelos estão caindo é aflitivo e fica difícil contornar o pânico ao perceber que os fiozinhos que ficam no ralo depois do banho, presos na escova ou ainda solto no travesseiro e nas roupas viraram tufos com volume assustador. Muitas vezes confundida com a calvície, ou simplesmente atribuída a falta de cuidado com os cabelos, a perda dos fios não é ligada imediatamente ao mal que acomete boa parte da população mundial: o estresse. No entanto, ele pode atacar de forma devastadora e destruir a mais bem cuidada das cabeleiras.
Como o estresse age na perda de cabelos
Para entender a ação do estresse na perda capilar é preciso, em primeiro lugar, diagnosticar o tamanho do problema. Perder cerca de 50 a 100 fios de cabelo diariamente é considerado normal por especialistas. No entanto, é necessário ter atenção: se não ocorrer substituição, o problema é grave. De acordo com o dermatologistas especializados em tratamentos capilares, os fios novos devem crescer para manter o equilíbrio. Segundo os profissionais o estresse pode denunciar uma queda provisória, impulsionada por um momento em que os níveis de tensão estão mais altos, ou até mesmo uma antecipação da calvície para quem tem pré-disposição a perder os fios.
Em situações muito extremas o estresse provoca a queda de todos os cabelos. Ele compromete o nosso sistema circulatório periférico, afetando a fixação dos fios. Altas taxas do hormônio cortisol no organismo, resultado de estresse agudo, também está na lista dos fatores que influenciam na queda de cabelo.
Do ponto de vista fisiológico, os cabelos são encarados como algo não muito importante para o corpo. Assim, o organismo entende que quando há uma necessidade de proteínas e vitaminas ele pode usar os nutrientes direcionados aos fios para outra área carente. Sob situações de estresse, o organismo acelera a produção de uma substância conhecida como estriol, que pode impedir a entrada de nutrientes na região capilar e brecar o crescimento dos cabelos.
Como combater a perda de cabelos
Não há solução milagrosa quando a queda dos fios é provocada pelo estresse. O relaxamento, a prática de exercícios físicos para diminuir a ansiedade e aumentar a produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar) e uma rotina menos atribulada são apontados como os pilares do tratamento, que sempre devem ser acompanhados por um médico.
Outro fator levantado por especialistas é o da alopecia areata, doença que se desenvolve cerca de três meses depois de uma intensa carga estressante. Devastadora, ela pode fazer uma parada brusca no crescimento dos cabelos (ou pelos) em uma área específica da cabeça ou até mesmo do corpo. E, claro, o surgimento de caspas também é influenciado pelo estresse, assim como o aumento da oleosidade dos fios.
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