A Secretaria da Saúde (SES) alerta a população para que, diante dos primeiros sintomas de dengue, seja buscado o atendimento médico nas Unidades de Saúde da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, pode ser realizado o diagnóstico oportuno e a eliminação dos riscos de agravamento da doença, que pode levar a óbito.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, entre 39°C e 40°C, com duração de dois a sete dias; dorde cabeça,atrás dos olhos, no corpo e nas articulações; mal-estar geral; náusea; vômito; diarreia; e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira. “A atenção aos sintomas é fundamental. Algumas pessoas negligenciam os sinais e, ao procurar atendimento, já estão com quadros mais graves da doença. Nesse momento, manter uma boa hidratação, por exemplo, é importantíssimo”, afirma o diretor adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Marcelo Vallandro.
Sobre a doença
A dengue é uma doença infecciosa viral, transmitida pelo mosquitoAedes aegypti, que deve ter sua proliferação controlada no ambiente. A limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e a aplicação de inseticida nos municípios são algumas das medidas necessárias. Para a proteção individual, a SES orienta o uso de repelentes e mosquiteiros.
No atendimento médico, a pessoa é avaliada sobre os fatores de risco, se possui comorbidades e qual o quadro da doença, feito a partir de diagnóstico clínico e de exames laboratoriais. O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração questões epidemiológicas – como, por exemplo, se o local de moradia ou trabalho do paciente é infestado pelo mosquitoAedes aegyptie se existem outras pessoas com dengue na região.
Não existe tratamento específico para dengue. O manejo das pessoas doentes é realizado para reduzir as dores e a febre e auxiliar na reposição de líquidos (a fim de evitar a desidratação). Em muitos casos, é necessário aplicar soro na veia para reidratação.
Em situações de agravamento, sintomas como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, derrames, sangramentos e hipotensão arterial costumam se apresentar. Nesses casos, o paciente deve ser encaminhado para atendimento hospitalar.
Com mais um óbito confirmado, Estado registra nove mortes por dengue em 2023
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à SES, confirmou, nesta terça-feira (18/4), mais um óbito por dengue no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mulher, residente em Selbach, de 86 anos, com comorbidade, que faleceu em 15 de abril.
Situação epidemiológica
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 6.808 casos confirmados da doença, dos quais 6.280 são autóctones – ou seja, quando o contágio acontece dentro do Estado.
Em 2022, o RS registrou seus maiores índices da doença em toda a série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones e outros 11 mil casos importados. Ao todo, foram 66 óbitos em virtude da dengue no ano passado.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom
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