O golpe é considerado muito velho, mas muitas pessoas achando que estão fazendo um negócio de ocasião acabam caindo nele. Nesta semana, mais duas pessoas foram até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para registrar que caíram nos golpes aplicados por estelionatários nas redes sociais. Elas depositaram dinheiro em contas de larápios e não viram a cor da casa que queriam alugar.
No primeiro caso, uma mulher de 53 anos foi vítima dos golpistas. Ela viu um anúncio no Facebook de uma casa para alugar em Tramandaí. A casa, com vários aposentados e próximo ao mar, custaria apenas R$ 950,00 a temporada. Em contato com o golpista, a mulher acertou que o valor seria pago com um depósito de R$ 450,00 inicial e os R$ 500,00 restantes na chegada à praia. Porém, após fazer o depósito an conta de uma mulher, não conseguiu mais contato com o golpista e ficou no prejuízo.
O mesmo aconteceu com um funcionário público de 58 anos. Ele viu o aluguel de uma casa no site OLX e fez contato com o suposto locador do imóvel. Era um imóvel de dois pisos, com piscina nos fundos e com aluguel de R$ 120,00 a diária na praia de Garopaba, Santa Catarina. O homem fechou negócio para 10 dias, pagando R$ 700,00 de entrada e o restante seria pago na entrega da casa, quando a vítima chegasse ao imóvel. Depois de fazer o depósito da entrada, o homem não conseguiu mais contato com o locador e só aí percebeu que tinha caído em um golpe.
O titular da 2º Delegacia de Polícia, delegado Álvaro Pacheco Becker, alerta que as pessoas não devem acreditar em negócios de ocasião. Quando quiserem locar um imóvel na praia, procurem uma imobiliária conceituada na cidade e procure por referências antes de fechar o negócio. "Todos os anos fizemos este alerta, mas algumas pessoas pensam que estão levando vantagem e fazendo um bom negócio, mais tarde acabam descobrindo que caíram num golpe e ficando no prejuízo", finaliza o delegado.
Quatro perguntas para fazer antes de alugar uma casa na praia
1) É possível visitar o imóvel antes da locação?
A melhor maneira de se precaver contra furadas é, sem dúvida, fazer uma visita pessoalmente ao imóvel pretendido. Claro que nem sempre ir conferir de perto é possível. Nesse caso, uma opção é descolar um parente ou amigo que more no local e que se comprometa a fazer essa visita por você.
2) O corretor é confiável?
Se a transação estiver sendo feita via corretor de imóveis, cheque se ele tem registro no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) local.
3) Haverá assinatura de contrato?
É sempre recomendável fazer um. Segundo o Procon, esse documento deve conter todos os pontos que tenham sido tratados verbalmente, discriminando datas e horários de entrada e saída, nome e endereço do proprietário, preço e forma de pagamento, local de retirada das chaves, tipo e número de cômodos, se há garagem etc. Caso o imóvel seja mobiliado, a descrição do seu estado de conservação e a relação de móveis e utensílios disponíveis também deve constar nesse documento, assim como uma política de cancelamento. O contrato deve ser assinado antes do pagamento do aluguel.
4) O preço é compatível com o mercado?
Verifique outras casas parecidas na mesma cidade ou região. Se o preço estiver muito abaixo do mercado, é bom ficar atento. Pode ser indício de golpe.
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