A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) inicia, na próxima semana, um projeto inédito no país. Trata-se de um inquérito para determinar a prevalência e os fatores de risco do ácaroVarroa destructorem colmeias de abelhas (Apis mellifera) no Rio Grande do Sul, além de uma vigilância ativa para o pequeno besouro das colmeias (Aethina tumida). A pesquisa, com previsão de duração até o final de maio, estipula visita a 375 propriedades, localizadas em 97 municípios do Estado. As amostras coletadas serão compostas por 200 abelhas por colmeia, que serão analisadas no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (CEPVDF).
Na terça-feira (4/4), no CEPVDF, foi realizado um treinamento teórico-prático dos 35 servidores da Seapi que irão compor as 15 equipes destacadas para ir a campo a fim de aplicar o inquérito. A capacitação foi conduzida pelos coordenadores do Programa Estadual de Sanidade Apícola da Seapi, Rita Domingues e Gustavo Diehl.
"Os resultados da iniciativa poderão trazer uma série de benefícios aos apicultores gaúchos para o controle dessas enfermidades. Também vai propiciar uma maior aproximação da secretaria com a cadeia apícola, atividade na qual o Estado é destaque nacional", ressalta Diehl. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de mel do Brasil, com produção de 7,5 mil toneladas por ano.
O inquérito surgiu da coordenação entre os departamentos de Vigilância e Defesa Sanitária Animal e de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi, por meio do seu Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal. A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do professor aposentado de apicultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Aroni Sattler.
Texto: Elaine Pinto/Ascom Seapi
Edição: Secom
Mín. ° Máx. °