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O comércio ilegal precisa ser combatido

Em artigo, presidente da CDL-BG, Marcos Carbone, fala sobre o que virou o centro de Bento Gonçalves com a presença de vendedores ambulantes

23/03/2023 às 17h18
Por: Marcelo Dargelio
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O comércio ilegal precisa ser combatido

Tão frequente quanto encontrar comerciantes ambulantes vendendo seus produtos de origem incerta pelas ruas do centro de Bento Gonçalves é receber comentários que trazem uma visão romantizada e equivocada do problema. Permitir o comércio informal não é dar oportunidade de trabalho para quem precisa incrementar a renda, muito menos uma forma de assistencialismo. É, simplesmente, ser conivente com uma prática ilegal e que é muito prejudicial para a sociedade.

O comércio informal fere o comércio legalizado por performar, contra ele, uma concorrência desleal. O empreendedor, para ter sua loja regularizada, arca com custos de impostos, encargos e uma série de obrigações fiscais. Ele gera renda e tributos para o município, que encontra ali o sustento para suas operações administrativas e projetos em prol da comunidade. O ambulante, por sua vez, não devolve qualquer contribuição à sociedade.

O lojista oferece, em seu estabelecimento, mercadorias de qualidade, com procedência garantida, respeitando o consumidor. O comerciante informal lida com produtos de origem duvidosa, comumente falsificados – que podem, inclusive, colocar em risco a saúde de quem os adquire (tome por exemplo perfumes que podem causar alergias, óculos de sol sem certificado que podem danificar a saúde dos olhos, entre outros).

Outro revés é que esses itens, uma vez adquiridos, não podem ser devolvidos ao ambulante em caso de defeito – diferentemente do que ocorre com artigos adquiridos em estabelecimentos legalizados, que efetivamente se preocupam e zelam pela satisfação do cliente. Há, no município, importantes programas de qualificação profissional, para capacitar tecnicamente e ajudar quem deseja trabalhar a ingressar no mercado formal de trabalho. São essas as oportunidades de inclusão social que precisam ser incentivadas, pois são elas que trazem benefícios reais para o município e permitem seu sólido desenvolvimento. Ao desviar o olhar do problema do comércio informal, não fiscalizando e coibindo a situação, as autoridades competentes estão permitindo a proliferação de uma série de malefícios adicionais advindos dessa prática e penalizando toda sociedade produtiva, e também renunciando, por omissão, aos impostos que seriam oriundos de tais atividades.

Nosso pedido, enquanto entidade representativa, é pelo respeito aos profissionais do comércio e valorização de sua contribuição para com Bento Gonçalves, exigindo que as leis sejam igualmente aplicadas a todos.

Marcos Carbone, presidente da CDL-BG e vice-presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul

 

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DANILO BELUZZO Há 2 anos Bento GonçalvesAcho que deveria acabar com isso, mas a culpa é do município, porque eles sabem quando a focalização enserou o expediente aí eles aparecem. Teria que ter revezamento da fiscalização, no meu ver
Consuelo baccegaHá 2 anos Bento Goncalves, RSImportante abordagem nesta matéria, devem ser tomadas medidas imediatas para coibir este tipo de comércio. Vale lembrar que existe uma rede de "importadores" que abastecem os ambulantes, certamente de origem duvidosa, pois perguntei a um ambulante onde buscava os "produtos" e ele enrolou e deu a entender que não podia passar este tipo de informação. Falta fiscalização eficaz urgente.
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