De amistoso, a Supercopa Gramado não teve nada. O torneio preparatório, que contou com sete equipes da Liga Nacional de Futsal (LNF) foi encarado com força total pelas tradicionais equipes do futsal brasileiro. Na oportunidade, o campeonato também serviu de preparação para a arbitragem e, em especial, para um momento único na carreira do árbitro bento-gonçalvense Henrique Piletti, que comandou a final da competição entre Joinville e Atlântico de Erechim.
Piletti foi integrado ao quadro de arbitragem para a competição e iria atuar dentro de quadra em três partidas. No entanto, ao se destacar no torneio, não só arbitrou um jogo a mais, como também foi escalado para comandar a decisão pelo título.
“Foi uma experiência fantástica na Supercopa Gramado, onde pude ser premiado com a final. Um jogo fora do comum. O diretor da LNF esteve em Gramado, acompanhou o meu trabalho, ele já tinha recebido indicações e fui muito elogiado por ele. A minha participação na final tem o dedo dele”, explica.
Além da final, o árbitro esteve presente na arbitragem das partidas entre Praia Clube-MG x Joinville-SC, o clássico entre Atlântico-RS x Pato Futsal-PR, Minas-MG x Pato-PR e Atlântico-RS x Magnus-SP. “Fui convocado para fazer três jogos nessa Supercopa Gramado e, por circunstâncias do campeonato e por conseguir estar me destacando nos jogos, fui chamado para fazer um jogo a mais”, relata Piletti.
Na competição, o árbitro de Bento teve contato pela primeira vez na carreira com a arbitragem de vídeo, a qual, no futsal, conta com particularidades em relação ao futebol. No futebol de salão, o vídeo é acionado por meio de desafios solicitados pelos treinadores das equipes, assim como no vôlei. Não há nenhuma interferência do árbitro de vídeo nas definições dentro de quadra. A única função é auxiliar na obtenção de imagens claras para que o árbitro de dentro da quadra consiga analisar o lance.
“É uma ferramenta que vem pra somar, vem para ajudar. É uma modalidade muito rápida e, às vezes, a gente perde aquele ‘time’ ou enxerga outro ângulo que não nos favorece, mas que o vídeo ajuda a ver o lance para agir”, pondera Piletti.
O árbitro conta que ganhou muitos elogios de seus colegas, os quais já contam com uma ampla bagagem e experiência em Liga Nacional. “Uma das coisas que me emocionou bastante na final foi quando o Fernando Heinz me deu um abraço e me disse: ‘você está pronto’. Receber esse recado de um profissional do gabarito do Fernando é emocionante”, relata.
Conforme Piletti, s possibilidade em integrar o quadro de arbitragem da Liga Nacional é real, mas é necessário que se abre uma vaga no estado para, desta forma, ingressar à competição. Ou seja, é questão de tempo para Bento Gonçalves possa contar com mais um árbitro na LNF, que atualmente tem como representante do município o árbitro Peter Maia.
Mín. ° Máx. °