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“O que aconteceu no jogo pode ser avaliado como um acidente”, afirma técnico do Esportivo

Carlos Moraes citou as condições financeiras do clube e erros de arbitragem como os principais fatores que levaram o clube à situação atual na tabela.

01/03/2023 às 17h13 Atualizada em 03/03/2023 às 11h32
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Foto: Kévin Sganzerla
Foto: Kévin Sganzerla

Com apenas seis pontos conquistados e amargando a vice-lanterna do Gauchão, a situação do Esportivo tornou-se ainda mais preocupante e desesperadora. Após a derrota em casa para o Ypiranga por 3 a 0, o técnico do Carlos Moraes optou por não dar explicações ao torcedor. No entanto, o treinador respondeu aos questionamentos da assessoria do clube, justificando o revés como “um acidente” e citando a condição financeira e os erros de arbitragem como principais motivos de o alviazul estar na zona do rebaixamento. 

O resultado negativo contra o time de Erechim revoltou o torcedor alviazul, que se fez presente em bom número no estádio. Conforme o técnico, o gol sofrido no começo da etapa final desestabilizou o time dentro das quatro linhas, que acabou cometendo erros em excesso. “O que aconteceu no jogo pode ser avaliado como um acidente. Sabíamos que enfrentaríamos um time forte, bem montado técnica e taticamente, mas também estávamos bem preparados, tivemos uma semana inteira para isso. Tanto que, no primeiro tempo, jogamos em condições de igualdade e até tivemos boas chances para abrir o placar”, comenta o treinador, que complementa: 

“No segundo tempo, infelizmente, um pênalti duvidoso, no meu ponto de vista, logo no recomeço da partida, acabou atingindo o psicológico da equipe e alguns erros acabaram acontecendo. Perdemos um jogo que não poderíamos perder já que estes três pontos eram muito importantes para nos tirarem da zona de rebaixamento”, avalia. 

Carlos Moraes citou a situação financeira do clube como um dos fatores que levaram o clube a estar na situação que se encontra na tabela de classificação. Além disso, destacou que o grupo atual de atletas é insuficiente para fazer frente aos demais clubes do Campeonato Gaúcho. 

“A situação em que nos encontramos é resultado, principalmente, das condições financeiras. Temos um orçamento muito abaixo do que a maioria das equipes que estão disputando conosco a Série A, e isso prejudicou bastante a questão das contratações. O futebol exige que se tenha não só um time, mas um grupo de jogadores qualificados, em função também da regra que permite que se faça cinco substituições durante uma mesma partida. Então a gente não tem, hoje, o potencial necessário para bater de frente com as outras equipes”, salienta.

Também ponderou como justificativa os erros de arbitragem no campeonato. “Nossa situação atual também passa pela arbitragem, muito precária. O Esportivo foi prejudicado em, praticamente, todos os jogos. Tivemos um pênalti por jogo, contra o Esportivo, ou quase isso. No meu ponto de vista, uma equipe com baixo potencial de investimento, o que reflete na qualificação do grupo como um todo, e prejudicada pela arbitragem que foi muito fraca em todo o Campeonato Gaúcho, inevitavelmente acaba ficando na situação em que estamos”, opina. 

Para os dois últimos confrontos, contra o Juventude, em casa, e diante do Internacional, no Beira-Rio, o comandante alviazul projeta duas vitórias para escapar da zona de rebaixamento. “O que podemos projetar para os dois próximos jogos é a vitória. É vencer ou vencer, independente de quem seja o adversário. A partir de agora só nos interessam as vitórias que é para alcançarmos a pontuação que vai nos manter na Série A. Temos chances matemáticas. Vamos perseguir esta chance até o último minuto da última partida. A virada de chave e as vitórias podem vir a qualquer momento”, conclui. 

O alviazul volta a campo no sábado (4), para encarar o Juventude, às 19h, novamente no Estádio Montanha dos Vinhedos. 

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