Uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul deve começar as discussões sobre o que deve ser feito sobre os casos de condições análogas à escravidão encontradas em várias regiões do estado. O evento será coordenado pela presidente da Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Laura Sito (PT). Ela esteve em Bento Gonçalves no sábado, 25 de fevereiro, para saber o andamento das questões envolvendo os trabalhadores baianos resgatados em um alojamento no bairro Borgo.
A proposta é da deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e precisa ser aprovada pelo plenário da Assembleia Legislativa na sessão ordinária desta quarta-feira, 1º de março. Laura Sito esteve no alojamento onde estavam os trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em Bento Gonçalves. Durante a permanência no local, a deputada ouviu relatos de moradores do entorno do prédio sobre o que acontecia no local.
A deputada é a primeira mulher negra a presidir a Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Laura Sito também esteve reunida com o presidente do Movimento Negro Raízes, Marcus Flávio Dutra Ribeiro, para discutir sobre outros acontecimentos que possam ter ocorrido em Bento Gonçalves e região. Ela também convidou que o presidente da entidade participe da audiência pública, que terá como convidados representantes do Ministério do Trabalho; Ministério Público do Trabalho; Ministério dos Direitos Humanos; Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, da Saúde e da Proteção Social do Ministério Público Estadual; Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado; Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; Organização Internacional do Trabalho - OIT-Brasil; Conselho Estadual de Direitos Humanos; Conselho Nacional de Direitos Humanos; e demais entidades e associações da sociedade civil.
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