Uma operação envolvendo diversos órgãos federais e de segurança resgatou na noite desta quarta-feira, 22 de fevereiro, mais de 100 trabalhadores que eram submetidos à situação semelhante à escravidão. Eles eram obrigados a trabalhar cerca de 15 horas por dia e viviam em situação degradante. A operação foi realizada no bairro Borgo.
De acordo com informações preliminares, a operação foi realizada após dois trabalhadores denunciarem o caso de cárcere privado e trabalho escravo ocorrendo em Bento Gonçalves. Eles relataram a agentes do Ministérkio do Trabalho que eram obrigados a trabalhar cerca de 15 horas por dia e eram alimentados com comida estragada. Além disso, todos eram mantidos em um galpão, dormindo amontoados e num espaço muito pequeno.
A operação foi realizada em um galpão na Rua João Fortunato Rizzardo, no bairro Borgo, onde todos eram mantidos. Além de dormirem em vários beliches, os trabalhadores eram obrigados a comprarem mantimentos somente numa espécie de mercado montado no local, fazendo com que eles praticamente não recebessem salário. Segundo a denúncia, a maioria ficava devendo para o estabelecimento e, por isso, ninguém conseguia sair de lá.
O grupo veio do interior da Bahia, sendo cooptado por uma empresa que fornecia mão de obra para vinícolas na Serra Gaúcha. A promessa era de carteira assinada e também salários bem maiores do que eles receberiam em suas cidades de origem. Porém, a promessa nunca foi cumprida.
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