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Operação de órgãos federais resgata trabalhadores em Bento Gonçalves

Denúncia é de que grupo de mais de 100 pessoas foi trazido do Nordeste para trabalhar na colheita da uva e viviam em situação análoga à escravidão.

22/02/2023 às 22h03
Por: Marcelo Dargelio
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Trabalhadores estão sendo identificados pelos policiais na noite desta quarta-feira, 22 - Foto: Divulgação
Trabalhadores estão sendo identificados pelos policiais na noite desta quarta-feira, 22 - Foto: Divulgação

Uma operação envolvendo diversos órgãos federais e de segurança resgatou na noite desta quarta-feira, 22 de fevereiro, mais de 100 trabalhadores que eram submetidos à situação semelhante à escravidão. Eles eram obrigados a trabalhar cerca de 15 horas por dia e viviam em situação degradante. A operação foi realizada no bairro Borgo. 

De acordo com informações preliminares, a operação foi realizada após dois trabalhadores denunciarem o caso de cárcere privado e trabalho escravo ocorrendo em Bento Gonçalves. Eles relataram a agentes do Ministérkio do Trabalho que eram obrigados a trabalhar cerca de 15 horas por dia e eram alimentados com comida estragada. Além disso, todos eram mantidos em um galpão, dormindo amontoados e num espaço muito pequeno. 

A operação foi realizada em um galpão na Rua João Fortunato Rizzardo, no bairro Borgo, onde todos eram mantidos. Além de dormirem em vários beliches, os trabalhadores eram obrigados a comprarem mantimentos somente numa espécie de mercado montado no local, fazendo com que eles praticamente não recebessem salário. Segundo a denúncia, a maioria ficava devendo para o estabelecimento e, por isso, ninguém conseguia sair de lá.

O grupo veio do interior da Bahia, sendo cooptado por uma empresa que fornecia mão de obra para vinícolas na Serra Gaúcha. A promessa era de carteira assinada e também salários bem maiores do que eles receberiam em suas cidades de origem. Porém, a promessa nunca foi cumprida. 

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Jaqueline costiHá 2 anos GaribaldiRepudio esse jornalismo barato que denigre a imagem de uma pessoa que tanto trabalha sem aguardar a veracidade dos fatos. Inclusive já convivemos em situações de trabalho, e em nenhum momento observamos descaso com as leis trabalhistas em questão de refeição ou horário de descanso, tanto que compartilhamos refeições no nosso refeitório e em restaurante sem distinção, ressalto ainda que dispunham de equipamentos de proteção, uniformes etc……
FabioHá 2 anos Bahia - salvador De doer o coração
VeraHá 2 anos Bento Gonçalves E o dono deste estabelecimento? Deveriam falar o nome deste porco imundo.Iludiu os coitados com promessas. Isso não se faz. Cadeia pra ele.
NadiaHá 2 anos Bento Gonçalves Esse deve ser o tal do “ser humano” que ia voltar melhor depois da pandemia. Gente sem noção e egoísta.
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