O Rio Grande do Sul recebeu, no sábado (18/2), 97,2 mil doses de vacina bivalente contra a covid-19. No total, já foram encaminhados 354,7 mil imunizantes ao Estado. Nas próximas semanas, o Ministério da Saúde enviará novas remessas.
As vacinas serão distribuídas e encaminhadas às 18 coordenadorias regionais, onde haverá separação para que os municípios façam a coleta das suas respectivas doses após o feriado de Carnaval. Até lá, elas permanecem no Centro Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cead) da Secretaria da Saúde (SES).
No Rio Grande do Sul, a campanha de vacinação com o imunizante bivalente se iniciou oficialmente na terça-feira (14/2) passada, em Canoas. O trabalho em conjunto com os municípios e a capacidade técnica viabilizaram a antecipação da campanha, em relação à data prevista em nível nacional.
Além de priorizar o atendimento de pessoas em instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), a SES recomenda aos municípios aplicar a bivalente em idosos com 70 anos ou mais nos postos de saúde. Para isso, será usado o excedente de doses que cada município tiver recebido.
Considerando que a campanha em âmbito nacional começa oficialmente no próximo dia 27 e que o sistema de informações nacional só poderá ser abastecido a partir desta data, a recomendação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) é de restringir a aplicação de doses da vacina bivalente em um ou, no máximo, dois postos de saúde por município.
“Importante lembrar que, até o dia 27, cada município deve fazer um controle próprio das vacinas aplicadas, para só depois repassar ao sistema de informações do Ministério da Saúde”, explica a diretora do Cevs, Tani Ranieri. “É fundamental que as nossas prefeituras mantenham esse registro interno, para que as vacinas bivalentes sejam contabilizadas para a cobertura vacinal da população e que cada um tenha seu registro no ConecteSUS.”
Para receber essa dose, a pessoa precisa ter concluído, pelo menos, o esquema primário da vacinação contra covid-19, composto pelas duas primeiras doses.
A vacina bivalente conta com cepas atualizadas contra o coronavírus, protegendo contra as duas maiores variações da Ômicron, que registraram o maior número de casos na última grande onda em nível nacional. “Por ser mais específica, essa vacina tem maior potencial de desenvolver imunidade, principalmente naquelas pessoas com um sistema imunológico mais enfraquecido”, enfatizou Tani Ranieri.
Etapas
Fase 1:pessoas de 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (abrigados e os trabalhadores dessas instituições); imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
Fase 2:pessoas entre 60 e 69 anos;
Fase 3:Gestantes e puérperas;
Fase 4:Trabalhadores da saúde;
Fase 5:Pessoas com deficiência permanente.
As pessoas que não fazem parte do grupo prioritário para as vacinas bivalentes e não iniciaram a vacinação, ou que estão com o esquema vacinal para sua faixa etária incompleto, deverão completá-lo com as vacinas monovalentes.
Texto: Ascom SES
Edição: Vitor Necchi/Secom