Os cursos de graduação de instituições de ensino superior públicas de países do Mercosul e membros associados ao bloco que quiserem aderir ao Sistema de Credenciamento Regional de Cursos de Graduação e Estados Partes do Mercosul e Estados Associados (Sistema Arcu-Sul), terão a qualidade avaliada pelo Brasil, em 2023.
Os processos de avaliação dos cursos estavam suspensos desde 2015 no país.
A retomada faz parte do segundo ciclo de avaliações do Brasil, no sistema Arcu–Sul, e foi anunciada na manhã desta quarta-feira (15), em uma live do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável no país pelas avaliações e pareceres sobre os cursos que se inscrevem no Arcu–Sul.
O coordenador-geral de Avaliação do Inep, Rogério Dentello, disse que a avaliação contribui para a melhoria permanente da formação acadêmica e integração da região. “A partir deste ano, nós, aqui no Inep, trabalharemos de maneira bastante forte para recuperar esse tempo perdido, porque o Arcu-Sul trouxe muitos benefícios não só para os cursos acreditados, mas para o próprio Inep. Dizemos que contribuiu efetivamente com o desenvolvimento social da região. Portanto, o Arcu-Sul precisa ser fortalecido”, disse Dentello.
O Sistema Arcu-Sul é gerido pela Rede de Agências Nacionais de Acreditação (Rana) que segue critérios específicos, em cada país. No Brasil, a atividade é regulamentada por portaria do Ministério da Educação .
Os cursos que participam do Sistema Arcu-Sul são Agronomia, Arquitetura, Enfermagem, Engenharia, Medicina Veterinária, Medicina, Odontologia, Farmácia, Geologia e Economia. A inclusão de novos cursos passa por decisão dos ministros da Educação dos respectivos países participantes do sistema.
Os países que reconhecem mutuamente a qualidade acadêmica dos cursos são Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Atualmente, 519 cursos são acreditados pelo Sistema Arcu-Sul, sendo 90 do Brasil; 115 da Argentina; 22 do Paraguai; 31 do Uruguai; 141 da Bolívia; 25 do Chile; 79 da Colômbia e 16 da Venezuela. A validade de cada acreditação é de 6 anos, podendo ser prorrogada por mais 3 anos. O processo de acreditação é contínuo, com convocações periódicas. No Brasil, a próxima está programada para abril deste ano. E o resultado com os cursos acreditados deve sair até fevereiro de 2024, de acordo com cronograma do Inep.
Para fazer as análises dos cursos, o Arcu-Sul conta com avaliadores treinados pelo Banco Internacional de Pares Evaliadores (Bipe). São cerca de 1.000 especialistas registrados na plataforma. De acordo com o Rogério Dentello, as capacitações dos avaliadores brasileiros começarão no próximo mês.
Para outras informações sobre o Sistema Arcu-Sul acesse o site do sistema .
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