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Bento: Programa Melhor em Casa atendeu 40 pacientes em 2022

O programa é caracterizado por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados do paciente.

15/02/2023 às 10h06
Por: Renata Oliveira Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura
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Bento: Programa Melhor em Casa atendeu 40 pacientes em 2022

Buscando proporcionar um ambiente humanizado para melhor atender aos pacientes em Bento Gonçalves, o programa Melhor em Casa teve uma média mensal de 40 pacientes atendidos em 2022 com uma equipe composta por médico, enfermagem, nutricionista e fisioterapeuta. A ação realizada por meio do Serviço de Atenção Domiciliar/Programa Melhor em Casa (SAD – PMC), é uma política pública relacionada à atenção básica, implantada através de parcerias entre o governo federal e governos municipais, regido pela Portaria Nº 825, de 25 de abril de 2016. 

A Atenção Domiciliar (AD) como uma modalidade de atenção à saúde integrada às Redes de Atenção à Saúde (RAS), é caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados. Assim, proporciona ao paciente um cuidado ligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura familiar, à infraestrutura do domicílio, com abordagens diferenciadas, evitando as hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções. 

Em 2022, o Melhor em Casa teve uma média mensal de 40 pacientes atendidos e conta com equipe composta por médico, enfermagem, nutricionista e fisioterapeuta. Conforme a enfermeira e coordenadora do Programa, Rosenilda Imperatori, “todos os pacientes que são encaminhados para nosso serviço, recebem, no mínimo, uma visita semanal. Tudo depende de como está a situação e a demanda do que paciente naquele momento de sua saúde”. 

Um exemplo é o caso de Paulo Sérgio Ferreira de Farias. O paciente de 49 anos foi encaminhado pelo Hospital Tacchini na data de 16 de janeiro, para cuidados paliativos no domicílio, com diagnóstico de neoplasia maligna de estômago. De acordo com a coordenadora “o paciente tinha ciência do seu prognóstico e seu desejo era a alta hospitalar, para ficar em casa com sua família. Ciente que a ida  para casa, proporcionaria viver a sua rotina, até onde fosse permitido, sem sofrimento físico e com humanização".

Rosenilda relata que no dia 19 de janeiro a equipe visitou o paciente no hospital para conhecê-lo juntamente com a sua família e discutir o caso com equipe multidisciplinar do hospital para uma alta segura. No dia 23 de janeiro, o paciente já estava em seu domicílio e foi realizada a primeira visita. “Na primeira semana, visitamos o senhor Paulo a cada 48 horas, após foram visitas diárias até o dia de sua partida 7 de fevereiro. Paciente esteve lúcido e comunicativo até seu último momento, realizando seu desejo de estar acompanhado no seu lar de pessoas da família, na sua cama, assistindo seus programas preferidos, e com seu filho”.

A esposa Karla Patrícia Garbin de Farias destaca que os serviços tiveram um impacto “de forma extremante positiva. A gente recebe todo o apoio tanto psicológico quanto com medicações. Sempre estão a disposição”.

Ainda, ela expressa seu sentimento de que estar com o esposo em casa foi uma decisão acertada. “Hoje depois do falecimento dele, penso que foi a melhor escolha. Como foram os últimos dias, ficamos juntos, com o nosso filho, assistindo os programas favoritos dele, no conforto do lar com medicação. Eu agradeço muito a dedicação, o tratamento da equipe que é diferenciado, humano: é, também, uma conversa, um abraço, um ombro amigo para chorar. Espero que continuem esse tratamento com a comunidade de Bento Gonçalves”. 

A atuação das equipes multiprofissionais com enfoque interdisciplinar visa proporcionar resultados positivos na vida dessas pessoas, possibilitando o cuidado compartilhado, humanizado e integral entre a equipe, paciente, família e cuidador; tornando-se muito mais resolutivo e eficaz.

A médica geriatra e paliativista, Tamara Lazzari Zaro Chiele, afirma que o Programa Melhor em Casa tem como sua essencialidade "o cuidado com o paciente para o desfecho que vai acontecer. Tem pacientes que possuem condição de reabilitação e estes retomam com sua vida. E tem pacientes (oncológicos basicamente) que a gente cuida e acolhe até o final, até a partida. E muitas vezes até depois da partida, que são as visitas pós-óbito. Então é todo um processo que acompanhamos que auxilia a amenizar as dores dos familiares. Não é um trabalho. É um propósito”. 

A Secretária de Saúde, Tatiane Misturini Fiorio, frisa que o Programa Melhor em Casa “é extremamente importante porque humaniza o tratamento. E nós ficamos muito felizes porque frequentemente recebemos o feedback destas famílias que são atendidas e mesmo numa situação em que as mesmas perdem seus entes, vem esse retorno de gratidão. É um trabalho consolidado, de referência, pois já tivemos outros municípios conhecendo a dinâmica do Melhor em Casa. E ficamos muito feliz de termos uma equipe de competência, de qualidade, e mais pelos pacientes, de ter a possibilidade de ter esse acolhimento, de ter esse atendimento”.

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