Os movimentos na política de Bento Gonçalves começaram neste início de 2023 já pensando nas eleiçoes municipais de 2024. Uma mudança importante ocorreu nesta semana, quando um dos fundadores do PSDB na Capital do Vinho se desfiliiou do partido. O ex-vereador Gilmar Pessutto deixou a sigla para filiar-se no União Brasil.
De acordo com Pessutto, o objetivo é retomar o seu protagonismo na política, aproveitando sua experiência para a construção do novo partido em Bento Gonçalves. Ele destaca que a decisão já tinha sido tomada e que a troca de partido era uma conversa que já vinha tendo há algum tempo com algumas pessoas. Na última quinta-feira, 9 de fevereiro, Pessutto tomou a decisão de ir para o União Brasil. Para alguns filiados do partido, comunicou que seu ciclo tinha se encerrado depois de 20 anos.
Gilmar Pessutto explica que vai ser feito um trabalho de formiguinha, organizando primeiramente o diretório do partido e criando a sigla de forma oficial em Bento Gonçalves. "Vamos trabalhar para garimpar um grande número de filiados. Estamos começando do zero, para criar um diretório novo. A ideia é organizar para as eleições de 2024. Centralizar em um grupo pequeno para depois expandir a construção do novo partido. Podem ter certeza que teremos uma base partidária forte", destacou o ex-vereador.
Pessutto acredita que com a sua experiência de várias legislaturas como vereador e também com o bom relacionamento conquistado no meio político será possível trazer grandes nomes para o União Brasil. "Estamos muito empolgados para construir esse novo partido. Temos certeza que nomes importantes de nossa cidade farão parte deste grandioso projeto que vamos construir", revelou Pessutto.
Pessutto foi escanteado na administração do prefeito Diogo Siqueira.
Apesar de não ter sido eleito como vereador, Pessutto acreditava que seria aproveitado no governo do prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira. Não foi o que aconteceu. Mesmo sendo um dos fundadores do partido e ter sido um dos responsáveis pela filiação do agora prefeito, Pessutto não foi sequer cogitado para assumir algum cargo no primeiro escalão do governo. Um exemplo é que a Secretaria de Governo ficou sem um secretário em definitivo por quase dois anos, sem que ele fosse cogitado para assumir a pasta.
A exclusão dentro do partido que fundou foi muito sentida por Gilmar Pessutto. "Sempre abri mão em prol do partido de cargos, de concorrer à prefeitura e também para a presidência da Câmara. Fui uma pessoa que trouxe várias pessoas para fortalecer o PSDB. Fiquei esperando para contribuir com o partido, mas acabei não sendo aproveitado na administração. Agora é vida que segue, esse ciclo acabou", finalizou Pessutto.
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