O antigo Presídio Estadual de Bento Gonçalves, localizado na rua Assis Brasil no Centro da cidade, foi desocupado ainda no final de 2019, porém sua presença ainda incomoda devido suas condições de abandono e a demora para a sua demolição, se tornando um “elefante branco” para a população que vive e trabalha nas proximidades.
A previsão para a demolição do antigo Presídio ainda é um sonho distante. A última atualização sobre a situação foi no dia 16 de janeiro de 2023, quando o prefeito em exercício Amarildo Locatelli viajou até Porto Alegre e conversou com o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, para tratar sobre o assunto. “Estivemos solicitando a demolição do prédio com urgência. Uma antiga demanda da nossa cidade que precisamos que seja dado o devido andamento”, destaca o prefeito em exercício. Contudo, ainda não foi dado uma data de quando isso ocorrerá.
O prédio está praticamente abandonado, porém ainda pode ser notado um certo movimento no espaço dado que a SUSEPE tem usado para treinamentos de novos agentes. “Temos usado o espaço para o Grupo de Intervenção Rápida (GIR-7) fazer seus treinamentos. Foi uma maneira de manter a presença do Estado e ainda aprimorar as técnicas dos servidores da região,” explica o Delegado Penitenciário Fernando Demutti, da 7ª Delegacia Penitenciária Regional.
Mas mesmo havendo a presença de policiais na antiga penitenciária, a reportagem do NB Notícias foi até a região para conversar com os moradores e trabalhadores e ouvir a opinião sobre o “elefante branco”. A maioria dos entrevistados sente alívio depois que o espaço foi desativado em 2019, pois diminuiu o cheiro forte de lixo, ratos, baratas e outras ocorrências, entretanto, veem agora como um descaso público. “Melhorou muito depois que saíram daqui, mas agora fica essa construção abandonada no meio do Centro da cidade, é um descaso com a população,” conta um dos trabalhadores da rua Assis Brasil que não quis se identificar.
Outro empreendedor da localidade diz que também se sente mais leve com a desativação, porém um outro problema começou a ser recorrente em seu estabelecimento. “No verão está vindo muitos mosquitos que antes não tinha, não sei se é por causa do local abandonado, mas é preocupante,” conta.
O terreno do antigo presídio é do Estado, então não há nenhuma previsão do que será construído no local, mas pela opinião dos moradores seria interessante que o espaço fosse transformado em um Parque Público ou até em uma nova sede para a Delegacia, mas todas essas ideias ainda ficam só no imaginário da população.