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Paleta Atlântida chega perto, mas não entra para o Livro dos Recordes

Aferição feita pela representante do Guinness World Record apontou que mais de 10% dos assadores foram desclassificados da contagem

29/01/2023 às 09h54 Atualizada em 29/01/2023 às 11h38
Por: Marcelo Dargelio
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Abandono dos espetos e dos locais de assado por parte dos assadores foi determinante para que o recorde não fosse alcançado - Foto: Fabrício Sviroski/Art Imagem/Divulgação
Abandono dos espetos e dos locais de assado por parte dos assadores foi determinante para que o recorde não fosse alcançado - Foto: Fabrício Sviroski/Art Imagem/Divulgação

O sonho de trazer para o Rio Grande do Sul o título de maior churrasco do mundo não foi alcançado. O Paleta Atlântida 2023 registrou um grande número de assadores, mas a falta de organização de alguns participantes em cumprir as regras determinadas pelo Guinness World Record fez com que o recorde não fosse registrado. Fica a frustração por um lado, mas a realização de ter, mesmo assim, realizado um grande feito nas praias gaúchas.

A expectativa de ter mais de 3 mil assadores se confirmou. Porém, para a aferição do recorde foram considerados menos assadores. Foram registrados pelo Guinness World a participação de 1.600 pessoas para fazer o churrasco na beira da praia. Deste total, 10,54% foram desclassificados, totalizando 175 assadores. De acordo com a avaliadora do Guinness, a colombiana Natália Ramirez, a contagem segue critérios rígidos, que não podem ser descumpridos em um período de tempo contínuo. 

Segundo Natália, para concorrer na disputa, era necessário ter espaços com entrada e saída definidos, com acesso organizado. A organização escolheu um desses espaços, chamado de "bolsão", com 1,6 mil churrasqueiros e indicou para análise da especialista. A atitude de uma parcela dos assadores, identificados por pulseiras, definiu o resultado final. "Notamos que alguns abandonaram a área, não participaram efetivamente do churrasco nos cinco minutos, soltaram o espeto, levantaram e saíram", explicou a examinadora.

A contagem leva em conta o total de pessoas preparando o churrasco simultaneamente, durante cinco minutos. Ainda que não oficializado, Natália admite que o número, sem levar em conta esses critérios, é superior ao de 914 pessoas assando carne simultaneamente no Canadá, registrado em setembro de 2022. "Não quer dizer que não superaram o número, porque realmente tinha um número muito superior. Mas por motivos técnicos mesmo, não conseguimos fazer a titulação", finalizou a avaliadora.

Se desconsiderada a organização em bolsões, foram distribuídas 4,5 mil pulseiras. Felipe Melnick, idealizador do encontro, defende que o número precisa ser levado em conta. Melnick disse que, em 2024, a meta será novamente buscada.  "Não foi o maior churrasco do Guinness, mas o maior churrasco já visto; Tivemos vários méritos, mas também falhas a serem corrigidas. Tivemos ainda furtos dos cabos dos geradores e de parte da estrutura, o que também nos atrapalhou",  comentou o organizador.

 

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