Após ficarem cerca de 12 horas detidos, algumais pessoas que participaram dos atos antidemocráticos em Brasília começam a ser liberados pela Polícia Federal. Na noite desta segunda-feira, 9 de janeiro, foram liberadas mulheres com filhos pequenos e homens e mulheres idosos. A Polícia Federal divulgou também uma nota afirmando que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido nas dependências da Academia Nacional de Polícia.

De acordo com a Polícia Federal, estão detidos cerca de 1.200 pessoas que estavam no acampamento montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília. O local foi desmontado inteiramente nesta segunda-feira, 9, após a invasão da Praça dos Três Poderes. Durante a tarde, um grupo de deputados federais acionou o Ministério dos Direitos Humanos e a Defensoria Pública para garantir melhores condições aos cerca de 1.500 manifestantes – sendo 300 detidos por atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes no domingo, 8. Alguns vídeos divulgados nas redes sociais mostravam centenas de manifestantes detidos pela Polícia Federal aguardando "aglomerados" o processo de triagem em um ginásio da corporação nesta segunda-feira (9).

Deputados bolsonaristas receberam denúncias de que os detidos estavam sendo vítimas de maus tratos. “Recebemos a informação de que falta água e falta comida para eles. Acionamos a Defensoria Pública da União e o Ministério dos Direitos Humanos. Entre os detidos, há manifestantes que atuavam de forma pacífica, mas também há muitos vândalos. Seja como for, todos necessitam de condições básicas”, afirmou a deputada Carla Zambelli (PL-SP). Além de Zambelli, o grupo de parlamentares é composto por outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Carlos Jordy (PL-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Luiz Lima (PL-RJ) e os recém-eleitos Zé Trovão e Rodolfo Nogueira.