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Rota do Sol terá interrupções até dia 19 de dezembro para avaliação das travessias de animais

A ação faz parte dos estudos que monitoram o atropelamento de animais silvestres na Rota do Sol e ocorre no trecho onde estão instaladas as travessias subterrâneas e aéreas para anfíbios.

13/12/2022 às 08h07
Por: Marcelo Dargelio
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Governo do Estado investiu mais de R$ 2 milhões nas travessias aéreas e subterrâneas - Foto: Divulgação
Governo do Estado investiu mais de R$ 2 milhões nas travessias aéreas e subterrâneas - Foto: Divulgação

A Rota do Sol (ERS-486), em Itati, volta a ter bloqueios totais a partir desta terça-feira, 13 de dezembro. A interrupção acontece para que sejam realizadas novas avaliações nas passarelas para anfíbios construídas ao longo do trecho. A previsão é de que os motoristas fiquem apenas alguns minutos parados no local.

Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), as interrupções ocorrem até a próxima segunda-feira, 19 de dezembro, durante alguns minutos entre as 6h30min e 8h e 16h30min e 18h30min. A ação faz parte dos estudos que monitoram o atropelamento de animais silvestres na Rota do Sol e ocorre no trecho onde estão instaladas as travessias subterrâneas e aéreas para anfíbios. Até março, devem ser realizados bloqueios mensais. As datas e horários das próximas ações serão divulgados posteriormente.

O monitoramento é uma exigência do Ministério Público e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a operação da rodovia, que atravessa a Reserva Biológica Mata Paludosa. Nela, vivem diversas espécies em risco de extinção, tais como a perereca-castanhola (Itapotihyla langsdorffii), perereca-risadinha (Ololygon rizibilis) e perereca-macaca (Phyllomedusa distincta).

Técnicos envolvidos no estudo estimam que as estruturas e outros dispositivos evitem cerca de 7,4 mil atropelamentos de anfíbios nos seis meses que compreendem a primavera e o verão, quando os animais estão em maior atividade, todos os anos. Répteis e mamíferos também devem ser beneficiados pelas travessias. Para as aves, também vítimas de atropelamentos eventualmente, a avaliação é de que o impacto possa ser menor.

O estudo ambiental na Rota do Sol foi concluído no segundo semestre de 2018 e o desenvolvimento do projeto das estruturas aéreas ocorreu ao longo de 2019. Entre 2020 e 2021 foram captados os recursos e realizados aditivos contratuais para a implantação. A dificuldade de obtenção e o encarecimento de matéria prima também atrasaram a entrega das estruturas. Cada peça teve custo aproximado de R$ 140 mil, o que totaliza R$ 700 mil nas travessias aéreas. Contudo, todo o complexo, incluindo as passagens subterrâneas e o cercamento com material importado exigiu aporte de R$ 2 milhões, incluindo a aquisição e a logística de implantação.

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