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Fogo amigo? Partido de Bolsonaro pede cassação de mandato de Sergio Moro

Em processo sigiloso, legenda questiona irregularidades nos gastos de campanha. Em caso de confirmação da cassação, sigla fica com a vaga.

08/12/2022 às 08h43
Por: Marcelo Dargelio
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Fogo amigo? Partido de Bolsonaro pede cassação de mandato de Sergio Moro

A posse dos novos eleitos no pleito eleitoral de 2022 ainda nem aconteceu e o chamado "fogo amigo" já está acontecendo. Nos famosos vaivém da política, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, partiu para o ataque daquele que já foi amigo, virou inimigo e depois cabo eleitoral novamente do presidente, o ex-juiz Sergio Moro. Eleito senador pelo Paraná, Moro vê sua vaga ameaçada por um pedido de cassação feito pelo partido onde pretendia filiar-se, caso o União Brasil confirme apoio ao ex-presidente Lula. As informações são do jornal O Estado de São Paulo (Estadão).

O motivo do pedido de cassação é um interesse direto na vaga ao Senado Federal. Caso Sergio Moro seja cassado, o PL herda automaticamente a vaga de senador e aumenta o número de sua bancada. Os detalhes da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo diretório estadual da legenda estão sob sigilo, porém, o partido de Bolsonaro está questionando os gastos de campanha feitos por Moro.

 O movimento se dá meses depois de Moro ter declarado publicamente apoio à candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro, e até mesmo acompanhado o então candidato nos debates televisivos do segundo turno da eleição presidencial. Segundo apurou o Estadão, apesar de ser patrocinado pelo diretório no Paraná, a ação tem aval do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. Moro foi eleito com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com o segundo colocado, o deputado federal Paulo Martins (PL), que alcançou 29,12% dos votos.

No início deste mês, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) se manifestou pela terceira vez pela reprovação das contas de Moro – após duas manifestações do ex-juiz. Entre as inconsistências apontadas pelo tribunal estão o recebimento de recursos com origem não identificada, a omissão de receitas e gastos eleitorais, doações não incluídas da prestação parcial de contas de campanha e recebidas após as eleições.

Procurado, Moro disse que desconhece a “existência de eventual ação do PL” e nada tem “a recear quanto à lisura, regularidade, transparência e seriedade das doações e despesas eleitorais.”

 

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