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Alunos da Escola Alfredo Aveline desenvolvem produtos com conhecimentos de empreendedorismo

Adolescentes do 1º ano do ensino médio foram desafiados a colocar os aprendizados referentes à educação financeira na prática por meio da criação de empresas e produtos que foram vendidos na instituição.

02/12/2022 às 15h12 Atualizada em 05/12/2022 às 08h32
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Fotos: Kévin Sganzerla
Fotos: Kévin Sganzerla

Com o intuito de desenvolver experiências que se assemelham à vida cotidiana de uma empresa e fomentar o empreendedorismo, a Escola Municipal Alfredo Aveline, por meio das aulas de educação financeira, desafiou alunos do 1º ano do ensino médio a criar produtos e vendê-los na instituição de ensino. Os adolescentes colocaram os conhecimentos adquiridos na prática para a criação de planos de negócios que resultaram em produtos que foram sucesso de vendas na escola. 

Uma das turmas criou a empresa “Afrodite Aromas” e produziu aromatizadores de ambiente. Já a outra turma do 1º ano do ensino médio originou a empresa “Geral das Velas” com a venda de velas aromatizantes. Durante as aulas, os alunos realizaram todos os processos de criação de uma empresa até alcançar o resultado, ou seja, a produção e comercialização dos produtos. 

“Tivemos reuniões para definir o produto e os aromas. Dividimos a turma em etapas, como RH, produção, vendas e financeiro. Os alunos fizeram um currículo do que mais gostavam de fazer e em que área gostariam de atuar. Na produção também dividimos a turma, porque teve bastante encomendas”, explica Manuela Conico dos Santos, de 16 anos, aluna da turma que produziu os aromatizadores. 

Larissa Carra Bet, de 16 anos, da turma que criou as velas aromatizantes, relatou que o resultado foi acima do esperado. “Na parte da produção separamos algumas pessoas e fazíamos na escola mesmo e, no final, deu tudo certo. Conseguimos fazer da maneira que planejávamos e até mais do que esperávamos, pois não esperávamos que ia vender tanto como vendemos”, destaca.

Produtos foram comercializados dentro da escola, com algumas encomendas sendo comercializadas também fora da instituição - Foto: Kévin Sganzerla

 

De acordo com as alunas, o processo na criação dos produtos as ajudou a ter uma noção de como uma empresa funciona e encontrar possibilidades de empreender. “Acho que isso nos tornou mais preparadas para a vida adulta. Com esse exemplo de projeto, as pessoas podem se tornar empreendedoras no futuro”, comenta Manuela. “Percebemos que numa empresa tem muito mais problemas e o jeito de solucionar é muito difícil. Numa empresa nem tudo vai dar certo, é necessário soluções e muitas vezes essas soluções não vamos achar sozinhas, vamos precisar de ajuda, tivemos essa noção melhor da realidade”, complementa Larissa. 

Conforme a professora de matemática que supervisionou os projetos, Jucele Glowacki, o desafio promovido aos alunos partiu do objetivo de criar novas metodologias, conforme a nova proposta do ensino médio, para que os adolescentes pudessem vivenciar dentro da escola experiências do cotidiano. 

“Empreendedorismo precisamos entender que não se trata somente da área de produzir um produto e de ter uma empresa, mas que eles possam aprender a empreender em suas próprias vidas, tomar decisões assertivas, refletir e, se for necessário, no caso de erros, voltar e fazer o certo. Empreendedorismo e educação financeira nas escolas públicas são de fundamental importância. Temos que proporcionar novas visões a eles”, explica a professora. 

Com os ensinamentos que tratam de empreender e de cuidar da vida financeira com responsabilidade, a instituição visa que os alunos possam enxergar novas possibilidades em seu futuro. “O objetivo da escola é formar para a vida, com esse intuito entrou a educação financeira. A professora Jucele desenvolveu todas habilidades ao longo do ano que culminou na elaboração do produto. Os alunos com certeza estão preparados e vislumbram esse mundo empreendedor de outra forma. Conseguem enxergar possibilidades onde talvez não conseguiam antes”, ressalta a supervisora da escola, Cláudia Rizzardo. 

Conforme Jucele, o montante adquirido com a venda dos produtos será utilizado em eventuais necessidades de cada turma em visitações ou em outras demandas. “Os alunos realmente se envolveram na proposta. A atividade prática os motivou a desenvolverem ainda mais o conhecimento previsto em sala de aula. A culminância prática fez com que eles melhorassem os seus conhecimentos da sala de aula”, salienta a Vice-Diretora da escola Alfredo Aveline, Izaura Pasquali.

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