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Seu pet tem um forte desejo sexual? Ele pode estar com satiríase canina

Caracterizada pelo excesso de apetite sexual, a satiríase pode levar o cão a ter sérios problemas mentais.

15/12/2018 às 21h02
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Chega uma época na vida dos cães que o apetite sexual é despertado. Essa fase é normal e passageira, o tutor só precisa ter paciência. No entanto, você deve ficar preocupado se o desejo sexual não passar e o pet continuar tentando acasalar com tudo que vê pela frente. Nesses casos, ele pode estar com satiríase canina. A satiríase canina é caracterizada pelo excesso de apetite sexual, que nunca está satisfeito. Como consequência, o animal sofre de um acúmulo de tensão e pode desenvolver problemas mentais. Isso irá refletir futuramente em seu comportamento e saúde. 

Esse distúrbio é bem mais frequente nos machos, que tentam satisfazer seus desejos com os brinquedos, as pernas dos donos, outros machos e até alguns objetos da casa. O comportamento também se transforma, ficando mais agressivo, inquieto e querendo fugir com certa regularidade.

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A princípio, a satiríase pode não ser vista como um problema. Mas, andar na rua com um animal incontrolável coloca em risco sua saúde. No ambiente externo ele fica exposto a inúmeros microrganismos, parasitas, doenças e acidentes. Além disso, sua presença contribui para o aumento da população canina. Ou seja, a satiríase também é um problema social. 

Esse distúrbio também afeta as fêmeas, mas em escala menor. Contudo, apesar de raro, pode levar a vários transtornos orgânicos, como cistos nos ovários. Isso significa que qualquer animal está sujeito a desenvolver comportamentos sexuais obsessivos . 

Pensando nisso, é importante saber reconhecer a satiríase e aprender a lidar com o problema. Ao observar qualquer alteração no comportamento do bichinho, a recomendação é sempre levá-lo ao veterinário.

A maturidade sexual dos cachorros

A satiríase canina é caracterizada pelo excesso de apetite sexual, que nunca está satisfeito. Como consequência, o animal sofre de um acúmulo de tensão e pode desenvolver problemas mentaisOs filhotes de cachorro não nascem conhecendo os limites de seu corpo e seus desejos. Nos primeiros dias de vida todos são iguais, não existindo distinção de sexo. Isso começa a mudar após o desmame, quando os bichinhos passam a se reconhecer como um ser diferente dos outros. Porém, ainda não sabem se diferenciar como macho e fêmea, sexualmente falando.

É só na puberdade que essa transformação acontece. Nessa época, os cães atingem maturidade sexual e se veem como seres sexualmente ativos. Da mesma forma como acontece com os humanos na adolescência, os animais desenvolvem impulsos de autodescoberta e querem satisfazer os novos desejos.

Então, machos e fêmeas jovens criam hábitos novos para explorar seus prazeres, como lamber a genitálias e se esfregar nos objetos da casa. Os donos podem até ficam envergonhados ou incomodados com as condutas sexuais do pet, mas é algo completamente normal. 

Alguns comportamentos comuns em cães saudáveis, sexualmente ativos e não castrados, são a marcação de território e tentativas de fuga. Contudo, o problema é quando esse apetite se torna exagerado, quase que obsessivo, e os desejos e as necessidades fisiológicas nunca estão satisfeitas. Tal distúrbio coloca em risco a saúde do animal e o bem-estar dentro de casa. 

Como tratar a satiríase canina

Esse distúrbio é bem mais frequente nos machos, que tentam satisfazer seus desejos com os brinquedos, as pernas dos donos, outros machos e até alguns objetos da casa

Como a satiríase não é exatamente uma doença, não existe um tratamento definido. A recomendação é levar o canino ao veterinário para o diagnóstico correto. É importante você relatar com detalhes o comportamento sexual exagerado e realizar todos os exames, caso o profissional peça. Num geral, as medidas que serão indicadas pelo veterinário são para controlar o apetite sexual do cão. A castração ou esterilização costuma ser a melhor opção nesses casos. É uma cirurgia rápida e simples, cujo objetivo é remover os órgãos reprodutivos. No caso dos machos são retirados os testículos e das fêmeas os ovários e útero. 

A castração não irá eliminar o desejo sexual, mas tende a mudar o comportamento do canino. A maioria adota um caráter mais tranquilo, calmo, sem querer marcar território e a vontade de acasalar reduz bastante. Esses efeitos são vistos principalmente nos machos, já as fêmeas não mudam tanto assim. 

Ainda existe muito preconceito por parte dos donos em relação à castração, porém essa é uma medida necessária. Além de reduzir a vontade sexual, a esterilização ajuda no controle populacional, diminui o número de cães abandonados e pode evitar problemas de saúde, como câncer de próstata e de útero. Mesmo assim, a decisão deve ser pensada e receber ajuda de um veterinário, já que podem existir ricos e desvantagens também. 

Tirando a castração, outras medidas são importantes durante o tratamento da satiríase. Tome cuidado com fugas, pois elas são bem frequentes e coloca a vida do pet em risco. Fique de olho do animal e evite deixar portas abertas. Ademais, só leve o pet para passear em locais com poucos cães, principalmente fêmeas, para evitar um cruzamento indesejado.

Acalmando o apetite sexual do cão

Tenha paciência na hora de educar seu cão. O tratamento da satiríase canina exige esforço por parte dos donos.

Quando ver seu cachorro montando em um objeto ou outro animal, jamais grite, repreenda ou aja de forma agressiva. Tenha em mente que agir violentamente ou punir o animal não ajudará a resolver o problema. A melhor opção é dizer um "não" em tom firme e calmo. Continue falando até o animal te obedecer e entender que aquele comportamento é errado. 

Outra recomendação é deixá-lo preso na coleira em um canto isolado da casa. Esse ato simbólico serve para mostrar que tal atitude não é certa. Porém, apenas alguns minutos já são suficientes para o cão entender o recado. Jamais o deixe sozinho por horas e durante um tempo ruim.

Tenha paciência na hora de educar seu cão. O tratamento da satiríase canina exige esforço por parte dos donos.

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