Quando adolescentes, muitas pessoas já tiveram vontade de pintar o quarto com cores bastante chamativas ou incomuns para ambientes assim, como rosa-choque, laranja vibrante e até preto. Enquanto alguns realmente cumpriram o desejo – e há quem tenha se arrependido um bocado – outros ouviram de pais ou pessoas próximas que esse tipo de cor é muito “pesado”, atrapalha o sono, desperta a ansiedade e coisas do gênero.
você pode não se importar com isso, mas, os tons que escolhemos para pintar as paredes dos cômodos realmente são capazes de afetar o humor das pessoas, estimular certas sensações ou “passar uma mensagem”, e isso ocorre por motivos diversos.
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Psicologia, associações e mais
Bom, se você está pensando algo na linha de “certo, se eu pintar minha parede de laranja ou vermelho, não vou mais conseguir pregar os olhos, é assim que funciona?”, saiba que não é nada tão instantâneo ou arrebatador assim. As sensações que uma cor provoca nas pessoas será moldada pela percepção delas a respeito de algumas coisas. Basicamente, isso ocorre de três formas:
Simbolismos
Apesar de fogo não ser a única coisa laranja, de o mar não ser a única coisa azul e de florestas não serem a única coisa verde do mundo, por exemplo, é comum que as pessoas façam associações entre certos tons e objetos, elementos e situações. A origem dessas associações também pode vir de algo cultural, fazendo com que uma mesma cor tenha significados e usos distintos em diferentes culturas. A memória de cada pessoa também influencia nessa relação entre uma determinada cor e sensações ou situações. Por exemplo: enquanto uma pessoa pode ter ótimas lembranças e vivências em que a cor rosa está presente, é possível que outras tenham passado por experiências negativas em que o tom apareceu, e ambas carregam isso para a percepção que têm da cor.
Fisiologia
Assim como palavras, as cores são elementos importantes da linguagem e trazem consigo algumas “propriedades”. Você já deve ter ouvido falar, por exemplo, que pintar um cômodo pequeno com um tom muito escuro fará com que ele pareça menor do que realmente é, assim como pintá-lo com uma cor clara fará com que ele pareça mais amplo e arejado.
Elas também trazem noção de, por exemplo, temperatura. Enquanto tons como o azul, o cinza, o roxo e o verde são considerados frios, o vermelho, o laranja, o amarelo e alguns tons de rosa são quentes. Segundo a especialista, esta é outra questão que pode ser afetada pela memória individual, de forma que algumas “regras” que costumava-se ter a respeito de cores tenham se tornado ultrapassadas – como a associação automática do rosa com o feminino e do azul com o masculino, por exemplo.
Como escolher?
Apesar de as cores influenciarem um bocado no humor das pessoas e nas sensações que os cômodos da casa passam para quem os habita, na hora de escolher um novo tom para um ambiente, não há regras, apenas pontos de partida. Para definir a cor ideal para um ambiente, é necessário saber qual sensação se deseja transmitir naquele local, como tranquilidade, relaxamento, aconchego, alegria, vivacidade, segurança, integração, entre outras.
Sendo assim, em primeiro lugar, é preciso pensar em qual é a funcionalidade do cômodo. Por exemplo, se o ambiente for um quarto, é preciso levar em consideração que a pessoa usará o ambiente para dormir, ler, refletir e até trabalhar. Já uma sala mais ampla pode ser utilizada para confraternizações, refeições, sessões de filme em casa e outras situações em que as pessoas interagem bastante entre si.
Em seguida, vem a escolha de qual sensação a pessoa pretende que o cômodo passa. Em quartos, por exemplo, as pessoas costumam buscar cores que inspirem o aconchego e o relaxamento, enquanto ambientes usados para o lazer costumam estar relacionados à ideia de animação e vivacidade, é importante não deixar de lado o estilo de quem vive ali ou tons que tenham um significado especial para aquela pessoa.
Após atribuir funcionalidade ao cômodo e pensar sobre essas sensações, chega a hora de definir a cor, e as opções para cada sensação são infinitas:
Tranquilidade e relaxamento
As cores mais indicadas para quem quer transmitir calma em um ambiente são as mais claras, como tons de branco, pastéis e azuis, mas há uma cor que se destaca: o verde.
Na simbologia, o verde é considerado uma cor equilibrada. Entre o quente do vermelho e o frio do azul, o verde é fresco e agradável. Entre o seco do vermelho e o molhado do azul, o verde é úmido. Ele acalma e traz segurança.
Introspecção e mistério
Se a intenção é fazer com que o cômodo passe a ideia de elegância e sofisticação – seja em uma biblioteca ou no quarto de uma pessoa mais séria, por exemplo –, Ana indica o uso de tons escuros, principalmente os azuis e violetas. Apesar de esses tons auxiliarem na qualidade do sono, é importante utilizá-los com parcimônia para manter a elegância.
Aconchego
Os tons neutros e ligeiramente pigmentados, como marrons clarinhos e puxados para o rosa ou o laranja são uma ótima pedida para tornar um cômodo mais acolhedor. Elas transmitem uma busca pelo natural e exprimem o desejo comum de levar a natureza para dentro de casa, além de estabelecerem conexões mais profundas com a nossa essência e ancestralidade.
Agitação e alegria
Para os locais da casa que receberão amigos e familiares para confraternizações animadas, Ana afirma que uma boa ideia é optar por tons vibrantes como vermelhos, rosados, azuis vibrantes, laranjas e amarelos.
Cores assim estimulam a criatividade e a comunicação e, assim como tons mais escuros, devem ser usados em parcimônia. Elas podem ser aplicadas em uma parede ou em móveis, como cadeiras e portas de armários, pode-se combinar uma cor vibrante com tons mais neutros, como areia e bege claro.
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