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Resgatado em São Marcos, filhote de Gato-maracajá recebe tratamento no ZOO da UCS

Exemplar de espécie ameaçada de extinção no Brasil estava debilitado e passou por tratamento intensivo, com perspectiva de reintegração à natureza nas próximas semanas, a partir da recuperação completa

22/11/2022 às 15h19 Atualizada em 23/11/2022 às 11h30
Por: Renata Oliveira Fonte: Assessoria de Imprensa da UCS
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O animal se trata de um filhote macho de gato-maracajá (Leopardus wiedii) e foi resgatado em uma propriedade rural de São Marcos extremamente desidratado e doente. Crédito: Divulgação
O animal se trata de um filhote macho de gato-maracajá (Leopardus wiedii) e foi resgatado em uma propriedade rural de São Marcos extremamente desidratado e doente. Crédito: Divulgação

O Zoo da UCS (JAZO) tem um novo visitante desde a última semana: um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii), resgatado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura – SEMA/RS. Acolhido pela Universidade de Caxias do Sul, o felino selvagem passou por tratamento intensivo e já está fora de risco, mas segue em recuperação. A projeção é que seja reintegrado à natureza nas próximas semanas.

O animal se trata de um filhote macho de gato-maracajá (Leopardus wiedii) e foi resgatado em uma propriedade rural de São Marcos extremamente desidratado e doente. Ele recebeu os primeiros cuidados em uma clínica veterinária no próprio município e foi encaminhado à UCS para tratamento. Na Universidade, com as equipes do JAZO e do Instituto Hospitalar Veterinário – IHVET, e suas respectivas infraestruturas e equipamentos, passou por avaliações e exames de sangue, sorológicos e bioquímicos, negativando para FIV e Felv e com resultado positivo para giardia. Os testes também forneceram indicativos de que não se alimentava há bastante tempo, conforme explicou o médico veterinário responsável técnico pelo Zoológico da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi.

O Zoo já abriga, desde 2013, um exemplar de Leopardus wiedii. Resgatado pela Polícia Rodoviária Federal, às margens de rodovia próxima à cidade de Nova Petrópolis, o animal apresentava risco de atropelamento. Ainda filhote, e tendo se habituado ao convívio com os humanos, não pôde retornar ao habitat natural e tornou-se morador da Instituição.

REFERÊNCIA

A UCS é referência regional e estadual no acolhimento de animais para tratamento, com destinação feita, protocolarmente, via Secretaria do Meio Ambiente. “O Jardim Zoológico da Universidade é patrimônio ambiental, educacional, cultural e turístico de Caxias do Sul e região. Estamos trabalhando para melhorias em nossa infraestrutura para atender integralmente às demandas, aproximar ainda mais o Zoo da nossa comunidade e ampliar nossas parcerias com poder público e privado para ações de preservação ambiental”, conta o professor Leandro do Monte Ribas, coordenador do Zoológico e diretor do Instituto Hospitalar Veterinário da Universidade.

Inaugurado em 1997, o Zoo da UCS funciona como centro de recuperação e abrigo de animais silvestres apreendidos em cativeiro ilegal ou encontrados debilitados, feridos ou órfãos, que após avaliação e tratamento veterinário especializado podem permanecer no local, ser encaminhados para criadouros legalizados ou reintegrados à natureza. Ali, também desenvolve-se Educação Ambiental, estágios voluntários, curriculares, entre outras atividades.

O ambiente integra o Complexo de Saúde Animal da UCS, que conta com um Instituto Hospitalar Veterinário [1], inaugurado neste ano como um dos maiores complexos de saúde animal do Rio Grande do Sul, uma unidade móvel, Escola Experimental e interface com o Museu de Ciências Naturais, além dos lagos da Instituição e sua biodiversidade. Os espaços unem qualificação em Medicina Veterinária [2], prestação de serviços, pesquisa e inovação.

GATO-MARACAJÁ

A espécie é encontrada em quase todo o Brasil, sobretudo na Amazônia e na Mata Atlântica, entretanto, com pequena população. Na lista dos animais em extinção no Brasil, é colocada em risco a partir de caça e derrubada ou fragmentação de seu habitat natural – seu ambiente preferido são as matas densas. Na natureza, alimenta-se de ratos e aves de pequeno e médio porte, frutas e sementes.

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