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Morre uma das vítimas em incêndio criminoso na cidade de Guaporé

Mulher de 30 anos estava internada no hospital desde o dia 15 de outubro, quando um indivíduo ateou fogo em uma boate que fica às margens da ERS 129.

19/11/2022 às 17h39
Por: Marcelo Dargelio
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Valéria Moreira tinha 30 anos e deixa a mãe e dois filhos pequenos - Foto: Eduardo Cover Godinho/Rádio Aurora
Valéria Moreira tinha 30 anos e deixa a mãe e dois filhos pequenos - Foto: Eduardo Cover Godinho/Rádio Aurora

Morreu uma das vítimas do incêndio criminoso ocorrido em uma casa noturna no município de Guaporé no dia 15 de outubro. Ela estava internada no hospital, na cidade de Encantado, desde que o sinistro tinha ocorrido. A mulher foi sepultada na cidade de Sananduva.

De acordo com informações prestadas ao jornal Pioneiro pelo titular da delegacia de Guaporé, delegado Tiago Albuquerque, a vítima foi identificada como sendo Valéria Dedéa Moreira, de 30 anos. Ela trabalhava na casa noturna que foi incendiada por criminosos na noite do dia 15 de outubro. Desde que o incêndio ocorreu, ela permaneceu internada num hospital no município de Encantado. Valéria morreu no dia 12 de novembro e a Polícia Civil foi comunicada da morte no dia 13 de novembro.

O delegado aguarda o acesso ao prontuário do hospital e também ao laudo da necropsia para definir os rumos das investigações, mas adiantou que o caso deve ser tratado como homicídio doloso. "A informação extraoficial é de que ela teve complicações em função do incêndio. Em decorrência disso, ela passou por necropsia. Tudo indica que vamos tratar como homicídio, dado o risco que esse indivíduo causou. Aí pode ser dolo eventual ou até mesmo dolo direto, dependendo das circunstâncias", explicou o delegado.

Como aconteceu o incêndio criminoso

O incêndio criminoso ocorreu na noite do dia 15 de outubro. Três homens entraram na casas noturna passando-se por clientes. Minutos depois, os suspeitos, armados com revólveres, pediram informações sobre a proprietária do estabelecimento, que não se encontrava no imóvel. Os homens, então, ordenaram que as 15 funcionárias do local levassem todos os colchões para a sala e, em seguida, atearam fogo. Antes disso, alguns tiros foram disparados. Um deles acertou a mão de uma mulher, que recebeu atendimento médico. Não havia outros clientes no estabelecimento quando o incêndio teve início.

Segundo o delegado Tiago Albuquerque, as investigações indicam que o grupo pertence a uma facção local, que se aliou a outro grupo criminoso maior. A ação ocorreu porque a organização teria descoberto que a casa noturna serviria como ponto de venda de drogas de uma facção rival. O delegado destaca ainda que o acerto de contas foi desencadeado após uma operação da Brigada Militar (BM), que encontrou uma pequena quantidade de maconha no estabelecimento.

 

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