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Ministério da Defesa divulga que relatório não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas

Nota foi divulgada no site oficial do Governo Federal por volta das 11h desta quinta-feira, 10 de novembro.

10/11/2022 às 12h20
Por: Marcelo Dargelio
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Ministério da Defesa divulga que relatório não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas

O Ministério da Defesa divulgou na manhã desta quinta-feira, 10 de novembro, uma nota para falar sobre o relatório entregue na quarta-feira, 9, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação tem o objetivo de esclarecer que a apuração feita pelas Forças Armadas não descartou a possibilidade de fraude ou inconsistências nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Além disso, o ministério destacou alguns pontos que precisariam de esclarecimentos.

Confira o conteúdo na íntegra da nota oficial  

Com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado, ontem (9.11), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos. Entre eles:

- houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;

- os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e

- houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

 

Em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento. Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

Por fim, o Ministério da Defesa reafirma o compromisso permanente da Pasta e das Forças Armadas com o Povo brasileiro, a democracia, a liberdade, a defesa da Pátria e a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem.

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