Os cães, assim como os humanos, podem passar por problemas psicológicos e comportamentais em alguma fase da vida. Na maioria das vezes, essas situações nascem a partir de perturbações drásticas na rotina diária ou no manejo inadequado do animal ao longo dos anos. É diante de quadros assim que surge a necessidade da terapia comportamental canina. Cachorros com problemas desse tipo acabam desenvolvendo comportamentos socialmente inaceitáveis ou indesejáveis, como agressividade, ansiedade, sinais de ameaça, reações exageradas ou incapacidade de conter emoções. Ações assim são perigosas tanto para os outros quanto para o próprio animal. Então, a função da terapia comportamental canina é moldar um caráter sociável, amigável e adaptável.
Essa situação pode ser evitada se o dono tomar uma atitude desde cedo para repreender ações inaceitáveis. Mas, quando isso não acontece, adestramento ou medidas corretivas não costumam ser suficientes.
Dessa forma, muitos problemas só serão resolvidos com a terapia comportamental. Quanto mais cedo ela for iniciada, mais efetivo será o tratamento.
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Adestramento e terapia comportamental são coisas diferentes
É comum os donos acharem que adestramento e terapia comportamental são sinônimos, mas são completamente diferentes. No adestramento são ensinados comandos ao cão, como "junto", "senta", "deita" e "rola". Eles são bastante úteis quando utilizados de maneira adequada, como ferramentas para lidar com o animal.
O treinamento é algo benéfico para todos os cachorros, principalmente por exercitar seu cérebro. No entanto, nem sempre ele é suficiente. Distúrbios comportamentais precisam de tratamento psicológico, resolvidos por meio de terapia e não adestramento.
Se não, seu cachorro aprenderá a sentar, deitar, dar a pata e rolar, mas continuará sendo agressivo com outras pessoas e animais, latindo excessivamente, se machucando, dentre outros problemas.
Por isso, a melhor forma de resolver essa situação é procurando um profissional em psicologia canina em vez de um adestrador. Só assim os comportamentos inaceitáveis serão tratados e melhorados.
Problemas comportamentais mais comuns
As alterações no comportamento podem surgir de duas maneiras: orgânica ou inorgânica. A primeira está relacionada a problemas físicos que provoquem dor ou desconforto. Já a segunda deriva de causas não físicas, como quando canino teve dificuldades na fase filhote ou eventos traumáticos. O resultado se manifestará com mudanças comportamentais, podendo ser agressividade, medos e fobias (pode ser pessoas, objetos, sons, outros animais ou cães), comportamentos destrutivos, latidos em excesso, ansiedade de separação, excitação e hiperatividade.
Independente do problema, todos precisam de atenção e tratamento. Alguns, como agressividade, necessita de ajuda urgente para que não prejudique o dono outros animais e seres humanos. É importante o tutor acompanhar todo o processo oferecendo apoio para superarem a situação. O lado triste dos animais com problemas comportamentais é que muitos acabam sendo abandonados, sofrendo maus-tratos ou até falecendo. Há proprietários que não sabem lidar com a situação e não se informam sobre, então acabam optando pelo caminho mais "fácil". Mas, com a terapia, qualquer dificuldade pode ser superada.
Iniciando a terapia comportamental canina
Para que o tratamento funcione é necessário o comprometimento do tutor. Quando não estamos dispostos a melhorar os hábitos do bichinho é difícil que a terapia dê certo. Por isso, durante todo o processo, é preciso haver compreensão, empatia, paciência e muito apoio emocional.
O recomendado é iniciar o tratamento quando o animal é filhote, antes dos cinco meses de idade. Não espere que seu cachorro se transforme no mais obediente do mundo, pois esse não é o objetivo da terapia. A intenção é que aja uma melhora na relação entre animal, dono e o restante da sociedade.
A melhor forma de encontrar um profissional terapeuta adequado é pedindo recomendações ao veterinário caso não saiba por onde começar. Assim que marcar uma consulta, o especialista te fará uma série de perguntas sobre o animal abordando assunto como circunstâncias em que o animal nasceu, número de cães na ninhada, como era a mãe dele, entre outros.
Todas as questões têm por objetivo analisar a origem do comportamento anormal do pet. Só assim o profissional conseguirá determinar o melhor tratamento. Em alguns casos, para entender melhor a situação, pode ser necessário que outras pessoas respondam essas perguntas, como aquelas que convivem com o cão.
Como posso ajudar a melhorar os distúrbios comportamentais?
Os comportamentos anormais só serão resolvido com o tratamento indicado pelo profissional, que será determinado a partir das perguntas realizadas. Porém, existem algumas dicas gerais que podem ajudar e são importantes na vida de qualquer cachorro.
Primeiramente, é interessante estabelecer uma rotina no dia a dia do pet. Ou seja, determine horário para as refeições, brincadeiras, passeio, descanso e fazer as necessidades e siga-os a risca. Isso irá ajudar o animal a ter uma vida organizada e mais pacífica. Além disso, o ensinará que nem tudo vem no momento desejado.
Em segundo lugar, leve o peludo para realizar atividade física. O acúmulo de estresse é uma das principais causas dos distúrbios comportamentais e, a melhor maneira de livrá-lo dessa tensão, é como exercícios. Caminhar ou correr junto ao dono ajuda a resolver esse problema. Além de reduzir o estresse, atividade física diminui as chances de o cão desenvolver obesidade ou alguma doença associada.
A associação de exercícios físicos, estabelecimento de uma rotina e tratamento recomendado pelo especialista ajudará a resolver os problemas do pet. Não negligencie a terapia comportamental canina , pois é a melhor forma de lidar com situações de desequilíbrio emocional e psicológico.
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