Aproximando-se a votação para a escolha do presidente da República neste domingo, 30 de outubro, aumentam as denúncias de assédio eleitoral nas empresas. Em Bento Gonçalves, o Ministério Público Eleitoral vai abrir inquérito para investigar casos ocorridos em pelo menos cinco empresas da cidade. Os casos foram denunciados pelo Ministério Público do Trabalho.
De acordo com o promotor eleitoral, Alécio da Silveira Nogueira, os casos ocorreram em cinco empresas de Bento Gonçalves e o MP recebeu a denúncia através do Ministério Público do Trabalho. O promotor vai instaurar cinco inquéritos policiais eleitorais por assédio de empresas. Também está prevista a participação da Polícia Civil nos casos. Ele revela que os casos ocorreram por recados enviados por meio de aplicativo de mensagens, assédios diretamente no local de trabalho e ameaças veladas de demissão aos colaboradores, caso o presidente Jair Bolsonaro não seja eleito no dia 30 de outubro.
O nome das empresas envolvidas no assédio eleitoral não foram revelados. A reportagem do NB Notícias recebeu a informação de um colaborador de uma empresa de móveis, onde os dirigentes teriam reunido os funcionários e prometido até folga na segunda-feira, 31 de outubro, em caso de vitória de Jair Bolsonaro, indicando que eles deveriam votar no presidente.
Segundo o promotor Alécio Nogueira, caso sejam comprovadas as denúncias, os proprietários da empresa podem ser enquadrados no artigo 301 do Código Eleitoral (usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos). Em caso de condenação, a pena é de até quatro anos de reclusão e pagamento de 5 a 15 dias de multa.
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