Pela segunda edição consecutiva, o Farrapos parou na semifinal do Campeonato Brasileiro de Rugby – Super 12. Apesar dos esforços dentro de campo, o time alviverde não conseguiu superar a Poli-SP, algoz da equipe de Bento Gonçalves nas últimas três edições da competição nacional. Apesar disso, o técnico Javier Cardozo comemorou a participação do clube, que sofreu apenas uma derrota em todo o campeonato e chegou pela quinta vez seguida entre os quatro melhores times do rugby brasileiro.
Na semifinal, atuando longe de seus domínios, o Farrapos foi superado pela equipe paulista, atual vice-campeã nacional, pelo acirrado placar de 14 a 10. Com o resultado, o alviverde se despediu da competição com 9 vitórias e apenas uma derrota, sendo detentor da melhor campanha na fase classificatória do campeonato.
De acordo com o treinador alviverde, o fato de o time de Bento Gonçalves não ter enfrentado equipes do nível da Poli com mais frequência no campeonato pesou dentro das quatro linhas. “Encontramos uma realidade completamente diferente a que competimos durante a primeira parte do campeonato, e com certeza foi o principal fator por não termos conseguido sair com a vitória. Infelizmente, quando a competição não é constante e de um nível relativamente médio para alto, acabamos pagando o preço, porque é outra intensidade de jogo, as ações têm muito mais valor e obviamente não chegamos 100% preparados”, afirma o treinador, que complementa:
“Viu-se muito contra a Poli essa diferença. Eles estavam mais tranquilos, pois estão acostumados a jogar esse tipo de jogo e esse tipo de exigência, e ficamos mais nervosos, porque estávamos em um cenário que não é o habitual”, comenta.
Apesar disso, Javier Cardozo pondera que a equipe paulista teve méritos e foi merecedora do resultado. “Sem desculpas. Eles também mereceram, jogaram bem. Fomos com uma proposta de atacar, de buscar o jogo, e acho que o fizemos o jogo inteiro, porém terminamos cometendo alguns erros finos de definição, que acabaram sendo determinantes, mas o balanço geral foi positivo”, explica.
Mesmo com a dor da eliminação, o treinador alviverde comemora a campanha protagonizada pela equipe, tendo em vista o significativo período em que o clube não teve confrontos de alto nível nos últimos anos por conta da pandemia. Além disso, enaltece a evolução de jovens atletas que recentemente ingressaram à equipe principal e que são oriundos da base do clube.
“Tirando o fato de não termos conseguido o objetivo principal, que era buscar o título inédito para o clube, foi muito positivo, foi um processo muito bom depois de ter ficado parado tanto tempo, depois de dois anos de pandemia e praticamente três anos do nosso jogo de semifinal em 2019, então foi um cenário muito bom. Fizemos uma transição muito boa. No final do jogo contra a Poli tivemos nove a dez atletas que saíram da escolinha, das categorias de base, e isso demonstra o trabalho que está sendo feito e nos ajuda a trabalhar para o futuro”, destaca.
O foco do Farrapos agora volta-se ao Campeonato Gaúcho de Rugby XV de 2022, o qual o time alviverde busca o seu eneacampeonato. O próximo compromisso no estadual ocorre no dia 6 de novembro, quando a equipe recebe o URSM, de Santa Maria, no Estádio da Montanha. Na última rodada, o time de Bento Gonçalves visita o URTC, de Sertão/Marau, no dia 19 de novembro.
Até então, o alviverde somou duas vitórias no Campeonato Gaúcho, superando o Charrua por 56 a 5, fora de casa, e o Centauros, pelo elástico placar de 78 a 7.
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