Carrasco do Farrapos em 2018 e 2019, a Poli-SP, atual campeã paulista, será o maior desafio que o time alviverde vai encarar nos últimos anos, novamente decidindo uma das vagas à final do Campeonato Brasileiro de Rugby, assim como na última edição. O time paulista, comandado pelo técnico Maurício Carli, almeja novamente ser o algoz da equipe gaúcha e, para isso, terá o fator casa a seu favor. Por outro lado, desfalques de peso no time titular preocupam a equipe.
A Poli, atual vice-campeã nacional, finalizou a primeira fase na vice-liderança do grupo da Região Sudeste com 39 pontos somados em 50 disputados. Nas quartas, o time paulista eliminou o Desterro-SC por 43 a 10. Antes, a equipe havia se tornado campeã estadual ao derrotar na final o Pasteur-SP.
Conforme o treinador Maurício Carli, a Poli manteve o engajamento dos atletas durante a pandemia por meio de treinos online, com parte teórica e física. Quando as atividades presenciais voltaram, os treinos foram realizados em parques enquanto a USP, onde o time manda os seus confrontos, não abria. Conforme o técnico, a equipe perdeu diversos atletas do elenco de 2019, mas agregou qualidade com a chegada de reforços, alguns vindo por empréstimo de outros clubes, mas que podem permanecer para a próxima temporada.
Carli rasgou elogios ao comentar sobre o Farrapos e prevê mais um confronto complicado diante da equipe gaúcha. “Enfrentar o Farrapos, para mim, é sempre ruim. Eu acredito que seja o melhor time do Brasil. Há muitos anos é um time a ser batido sempre. Tem jogadores bons, grandes, um treinador muito bom, com líderes bons e que são amigos. Para ser sincero, queria jogar com eles só na final. Um dos dois cair antes eu não acho nem justo. O Farrapos e a Poli são os dois melhores times do Brasil”, pondera.
Para o confronto, o treinador do time paulista afirma que terá oito desfalques na equipe titular, por conta de jogadores lesionados e atletas convocados para a Seleção Brasileira, como Gelado, Maranhão, Robert Tenório, Gabriel Paganini e Lucas Tranquez. O Farrapos por sua vez, vai perder Guilherme Coghetto, que também foi convocado pela seleção.
“O que nos atrapalha é a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), que insiste em não trocar as datas do campeonato quando bate com as datas da Seleção Brasileira. O time que tem jogadores na seleção sempre é prejudicado. Contando os machucados e convocados, vou jogar sem oito atletas titulares. É quase um time B que vai jogar uma semifinal de Campeonato Brasileiro. Falta boa vontade, bom senso. É muito chato trabalharmos um ano por um objetivo e quando chega na semifinal não podemos ter os nossos jogadores por conta da Seleção Brasileira”, comenta.
Em mais um confronto diante da equipe alviverde de Bento Gonçalves, Carli afirma não esperar outra coisa além de um grande confronto e, sobretudo, um feliz reencontro com o Farrapos no Terceiro Tempo, quando os atletas de ambos os clubes se reúnem ao final da partida.
“O Farrapos é o mesmo de sempre: jogadores grandes, fortes, bem treinados, com muita vontade de ganhar, e alguns que se destacam mais do que antes. É um time muito bom, que admiro demais e que aprendi a gostar. O terceiro tempo com o Farrapos é o melhor que tem. Estou feliz por encontrar com esses caras. Será um final de semana feliz independente do resultado”, conclui Carli.
O confronto decisivo entre Farrapos e Poli-SP, valendo vaga à final, ocorre neste sábado (15), às 15h, em São Paulo-SP. O grupo alviverde viaja para Porto Alegre nesta sexta-feira (14) para pegar o voo para a capital paulista. Na outra semifinal, o Pasteur-SP encara o time do Jacareí-SP.